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Há 120 whiskies para provar e discos para ouvir no novo The Kissaten

O listening bar do Locke de Santa Joana foi concebido pelos donos do conhecido Spiritland de Londres na sua primeira incursão fora da capital inglesa. Fomos explorar a garrafeira e ouvir uns discos.

Luís Filipe Rodrigues
Editor
The Kissaten
Francisco Nogueira
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The Kissaten tem vários argumentos a seu favor. No entanto, o que vai ser puxado para os títulos e servir de cartão de apresentação ao bar, aberto desde Setembro no hotel Locke de Santa Joana, é este: tem a maior selecção de whiskies do país, com cerca de 120 garrafas diferentes. Por agora. O número já é considerável, contudo, para os proprietários, ainda há margem para aumentar. “A ideia é a garrafeira estar sempre a evoluir e a crescer. Vamos chegar às 200 referências, talvez 250”, assegura Sophie Uddin, uma das sócias. 

Sophie e Paul Noble são também os responsáveis pelo conhecido bar Spiritland, aberto há uma década em Londres, e esta é a sua primeira incursão fora da capital inglesa. O convite partiu de um designer do grupo hoteleiro Heden, que costumava frequentar o Spiritland e, numa noite de copos, os convidou para colaborarem com o grupo. Este Verão, depois de alguns contratempos, abriram finalmente os primeiros bares em Lisboa, com diferentes conceitos. Este combina duas das suas maiores paixões: o whisky e a música.

Na carta, minimalista, encontram-se os diferentes whiskies e whiskeys, organizados não pela sua idade ou região, mas pelo perfil de sabor – mais complexos, leves, frutados ou fumados. A maior parte das referências são escocesas, do Balvenie PortWood, com 21 anos (110€), ao mais modesto Johnnie Walker Black (11€), passando por um Lagavulin de 16 anos (22€). Há também muitos uísques japoneses, bem como bourbons e rye whiskeys americanos, além de algumas garrafas irlandesas e até francesas, como Glann Ar Mor (18€), chinesas, indianas, alemãs ou finlandesas. É fácil ficar à nora com tantas opções, mas os empregados estão prontos para aconselhar e responder às dúvidas dos clientes. 

Quem não se quiser aventurar no whisky, contudo, pode escolher outras bebidas. Na carta há um par de vodkas, gins, runs, conhaques e cervejas artesanais – tudo escolhido a dedo.

The Kissaten
Charles McCay

A colecção de discos é igualmente vasta – ou não fosse The Kissaten inspirado nos listening bars japoneses dos anos 60. “No início do serviço, escolhemos um álbum, que partilharemos nas nossas redes sociais, e tocamo-lo do princípio ao fim”, detalha Susan. A partir daí, os clientes podem escolher o que querem ouvir. Dentro de certos limites. “Estes discos fazem parte da nossa colecção pessoal. E estamos sempre a adicionar novidades”, continua. “E vamos ter uma lista de discos que os clientes podem pedir aos empregados, para escolherem um disco que queiram ouvir. Depois eles metem a tocar”, detalha Paul. “Mas é para escolher um álbum inteiro, para ouvir do princípio ao fim. Não só uma faixa.”

O próprio sistema de som é um preciosidade, com Paul Smith a destacar o “misturador rotativo de quatro canais e 12 entradas feito à medida pela Can Electric de Barcelona” ou, entre outras peças, os gira-discos. “São EMT 948s, originalmente usados no agora extinto Plastic People, um bar de renome em Londres, e agora em uso regular na sua nova casa em Lisboa”, nota. “Conhecidos pela sua solidez e qualidade de áudio, são frequentemente vistos nos estúdios da BBC Radio, bem como em inúmeros bares japoneses.”

The Kissaten
Charles McCay

No princípio era o Spiritland

Antes de existir The Kissaten, havia o Spiritland. Começou por ser um pop-up, só que o sucesso foi tanto que, passados dois anos, o Spiritland se instalou na zona de King’s Cross, em Londres. Desde então, o listening bar de Paul Noble e Sophie Uddin tornou-se uma referência para os melómanos e audiófilos da cidade. E pretende agora tornar-se também uma referência em Lisboa, onde além da meca dos whiskies, abriram um segundo Spiritland, mais uma vez com um bom sistema de som e DJs conhecidos da cidade.

Por agora, o Spiritland Lisboa e o The Kissaten são os únicos bares abertos no interior do Locke de Santa Joana – há mais dois no exterior. Contudo, nos próximos tempos, Paul e Sophie esperam abrir mais dois bares no hotel: o Joana e O Pequeno. “[Este último] vai ser um bar de martinis e champanhes, com apenas 12 lugares”, segundo Paul. Já o primeiro será um wine bar, localizado na mezzanine do restaurante Santa Joana do chef Nuno Mendes.

Locke Santa Joana. Rua Camilo Castelo Branco, 18 (Lisboa). Seg-Sex 19.00-01.00

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