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A Agência Espacial Europeia (ESA) divulgou esta quarta-feira, 23 de Junho, os resultados preliminares do processo de candidatura, para reforçar a equipa de astronautas com a contratação de entre quatro a seis pessoas. No total, a ESA recebeu 22,589 candidaturas. Dessas, 321 são de portugueses, incluindo para a vaga no âmbito do estudo de viabilidade do “parastronauta”, que no futuro também deverá ser capaz de integrar missões espaciais.
A ESA anunciou a sua nova campanha para recrutar astronautas em Fevereiro. Desde 1978, a ESA só abriu candidaturas para astronautas três vezes – o último processo de selecção ocorreu em 2008. “Quando comparados com os valores de 2008, vemos que Portugal teve um acréscimo de mais de 50% no número de candidatos, o que é significativo, mas talvez o mais importante a reter seja o facto do número de mulheres portuguesas que querem ser astronautas ter duplicado, o que nos deixa muito satisfeitos”, declara Hugo Costa, director da Agência Espacial Portuguesa – Portugal Space, num comunicado da agência portuguesa. Em 2008, concorreram 210 portugueses, dos quais 192 eram homens e 28 mulheres.
Os candidatos a astronautas devem ter um mestrado ou equivalente em matemática, engenharia, informática ou medicina, por exemplo, e ter três anos de experiência profissional. Devem saber inglês e uma segunda língua. Entre as mais de 22 mil candidaturas, encontram-se candidatos dos 25 países com nacionalidades elegíveis. França lidera a lista com 7,137 potenciais astronautas, seguida pela Alemanha, que conta com 3,700. Na próxima fase, as candidaturas vão ser avaliadas com base na documentação já entregue, como o relatório médico e o formulário de candidatura.
Desde o encerramento das inscrições na última semana até aos resultados finais previstos saírem em Outubro de 2022, o processo de selecção de astronautas da ESA inclui cerca de seis etapas. A seguir à análise dos documentos entregues, seguem-se testes psicológicos, físicos e médicos, bem como entrevistas, para testar competências técnicas e comportamentais.
No futuro, espera-se que os novos astronautas, incluindo os que vão ser seleccionados para ficar em reserva, participem em missões à superfície da Lua e à Gateway, uma estação que se pretende colocar em órbita da Lua para funcionar como base de apoio de robôs e astronautas na exploração do nosso satélite natural. Para o projecto-piloto, que permitirá seguir uma carreira de astronauta “a uma parte da sociedade que foi até agora excluída do voo espacial”, a ESA garante estar preparada para investir nas adaptações necessárias ao nível de equipamento especial.
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