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Henrique Sá Pessoa pensou o Atelier como um lugar de criação. Esta incubadora de inovação e experimentação em Marvila, que se reflecte no que é servido no Alma, é também um espaço virgem à procura de vida própria. A programação de novos eventos começará nos próximos meses.
O Atelier de Henrique Sá Pessoa, sediado em Marvila desde 2017, quer ganhar uma nova vida. O chef do estrelado Alma decidiu relançar o seu recanto, que até agora lhe serviu de laboratório de criações, e abrir as portas a novas iniciativas, sejam elas quais forem. Os jantares particulares vão continuar, mas em breve chegarão uma série de novidades que ainda não foram reveladas.
Imagine um espaço amplo. A luz é baixa, de tom quente. Há um sofá e uma televisão. Ao lado, uma estante de meia altura repleta de livros sobre gastronomia. Mais à frente, a cozinha, munida de todos os apetrechos. Também há, claro está, uma mesa. Não há cá experiências gastronómicas de restaurante – a ideia é haver proximidade e descontração, falar do que vai comer e beber ou então do que lhe aprouver. O Atelier de Henrique Sá Pessoa, em Marvila, é tudo isto.
“É um espaço que tem servido para criar novas receitas para o Alma, temos feito alguns jantares privados, mas nestes últimos meses quis que começasse a ter a sua vida própria”, explica o chef. Às tantas, Henrique Sá Pessoa fazia ali dois ou três jantares privados por mês. Coisa pouca, assegura, para um espaço que merece muito mais do que isso. Assim sendo, o chef decidiu dinamizar o atelier e alargar o espectro de eventos a acontecerem lá dentro.
Os jantares privados à mesa vão-se manter, garante o chef. Sá Pessoa continuará a ser o anfitrião, acompanhado de Pedro Larcher, chef com quem mantém uma ligação duradoura. Além da parte gastronómica, o atelier estará aberto a eventos disruptivos, sejam eles um desfile de moda, a apresentação de uma marca ou a inauguração de uma exposição. Será quase uma sala do chef, aberta a quem a procurar, oferecendo soluções “feitas à medida” para o pedido que for feito.
“É um espaço com várias valências. Há um secretismo para quem está cá dentro”, afinal de contas é um local em que o exterior não deixa antever o que se encontra lá dentro – de fora, passa completamente despercebido, parece uma garagem. As portas são espelhadas e robustas, não tivesse sido o 49 da Rua Fernando Palha um banco até há dois anos, altura em que Henrique Sá Pessoa lhe pegou e transformou-o no seu espaço de criação.
“Podemos dançar, beber e conversar. O que se passa cá dentro, fica cá dentro”, graceja o chef. O atelier, reconhece, ”é uma tela em branco”, à espera de ser pintada. A programação para o espaço está a ser elaborada em colaboração com a Chef’s Agency e deverá ser anunciada em breve. Fica a promessa de “coisas diferentes” a acontecerem no atelier de Sá Pessoa.