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Holodomor, a fome que condenou milhões de ucranianos à morte, recebe memorial em Lisboa

Placa foi descerrada esta quarta-feira, em Arroios, na presença da primeira-dama da Ucrânia. Genocídio ocorreu entre 1932 e 1933, sob o regime de Estaline.

Rute Barbedo
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Rute Barbedo
Jornalista
Cerimónia de descerramento da placa, na Rua do Sol a Santana
DRCerimónia de descerramento da placa, na Rua do Sol a Santana
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“Agora, na capital portuguesa, Lisboa, existe uma placa memorial às vítimas do Holodomor na Ucrânia, em 1932-1933. Hoje tive a honra de a abrir juntamente com o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, e o embaixador da Ucrânia para Portugal, Maryna Mykhailenko", assinalou a primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, no Facebook, após ter estado presente na cerimónia de inauguração do memorial, na Rua do Sol a Santana, em Arroios, esta quarta-feira, 23 de Outubro.

Cerimónia de descerramento da placa, na Rua do Sol a Santana
DRCerimónia de descerramento da placa, na Rua do Sol a Santana

A Grande Fome produzida pelo regime de Estaline, na então União Soviética, que vitimou mortalmente milhões de ucranianos, foi reconhecida em 2017 pelo Governo português, ganhando agora o Memorial das Vítimas de Holodomor, em Lisboa, uma iniciativa da Câmara Municipal em conjunto com Embaixada da Ucrânia em Portugal.

Para Carlos Moedas, presidente da autarquia, o gesto frisa não só como "é importante honrar a história", mas também lembrar que, 90 anos depois, "esta senhora, a primeira-dama, com o seu marido, o Presidente da Ucrânia, lutam todos os dias não só pela liberdade dos ucranianos, mas pela liberdade dos europeus", disse, em declarações à RTP. A pertinência do memorial também foi realçada por Olena Zelenska, que está de passagem por Lisboa a propósito das Conferências do Estoril. Como afirmou a primeira-dama, "os ucranianos estão novamente a ser alvo de uma tentativa de extermínio. Os bisnetos dos que sobreviveram à fome artificial têm de salvar as suas vidas dos mísseis russos".

Memorial das Vítimas do Holodomor
Carlos Morais da Silva/CMLMemorial das Vítimas do Holodomor

A comunidade ucraniana é uma das mais expressivas do país, estimando-se que seja composto por cerca de 100 mil pessoas. A maior parte dos imigrantes daquele país vive na Grande Lisboa. 

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