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Hummus, babaganoush e baklava em casa por quem sabe: o Mezze

O restaurante sírio tem agora uma linha de produtos à venda no restaurante e em algumas lojas de Lisboa.

Cláudia Lima Carvalho
Editora de Comer & Beber, Time Out Lisboa
Mezze
Joel Canavilhas
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O restaurante que nasceu pelas mãos da Associação Pão a Pão, com a nobre missão de integrar refugiados do Médio Oriente, continua a crescer e a multiplicar-se para lá da sua morada, no Mercado de Arroios. A mais recente novidade é a possibilidade de se poder comprar para casa alguns dos produtos que mais têm dado que falar, do hummus e do babaganoush às baklavas.

Quando ainda antes de abrir o restaurante de comida árabe, em 2017, a Associação Pão a Pão promovia workshops à volta do pão sírio, talvez não se imaginasse que poucos anos depois a marca – porque hoje já é disso que se trata – se tornaria reconhecida e, mais do que isso, um exemplo de integração de imigrantes. Em Arroios, o Mezze é uma mostra do melhor que se come no Médio Oriente com uma carta pensada para se partilhar – e Mezze significa isso mesmo, uma refeição de partilha, com amigos ou família. Ora há borek, como mujaddara (um estufado de bulgur e lentilhas com cebola frita) ou laham kharoof (carne de borrego cozinhada lentamente, com especiarias) e pão, ou não tivesse tudo começado por aí.

E, agora, a mesma equipa apostou numa linha de produtos que permite que o objectivo da partilha se estenda a casa. Ou seja, já é possível comprar algumas das iguarias feitas no restaurante, seja para as servir sem mais ou para complementarem alguma receita, mesmo que nada tenha a ver com o Médio Oriente – veja-se o caso dos pickles (3,50€) ou até mesmo do azeite com Zaatar (5,95€), uma mistura de tomilho selvagem com sementes de sésamo e especiarias, que tanto pode acompanhar bem com pão ou com as tostas do pão sírio Khubz (1,50€), como pode ser um bom acrescento a uma salada.

Mezze
Enric Vives-Rubio

“O Mezze, mais do que um restaurante, é um projecto de inclusão que valoriza a herança e a identidade das pessoas refugiadas, especialmente das mulheres. Com esta nova linha de produtos, estamos comprometidos em levar esse legado ainda mais longe, tornando-o mais acessível”, destaca em comunicado Francisca Gorjão Henriques, fundadora da Associação Pão a Pão, garantindo que há planos para novos produtos no futuro e um desejo para “caminhar para uma produção bio”.

Nesta primeira leva, elaborada à mão, com uma atenção cuidada aos ingredientes (do pistáchio do Irão ao sésamo do Sudão, passando pelo azeite virgem extra e biológico do Alentejo), sem conservantes, preparada na cozinha da Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa e recriada através de receitas tradicionais da Síria, há também frascos de hummus (3,95€/190g ou 5,50€/350g) e babaganoush (4,95€/210g ou 7,50€/380g). E ainda uns biscoitos de manteiga e especiarias, recheados com pasta de tâmara, conhecidos por maamoul (9,95€) e talvez aquela que seja a sobremesa mais conhecida do Médio Oriente, a baklava (19,95€), esta feita apenas com pistáchios, envoltos numa estaladiça massa filo e um toque suave de água de flor de laranjeira.

Estes produtos estão à venda no restaurante e na loja online, mas também se podem encontrar em algumas lojas de Lisboa, como o Chefs à Mesa em Entrecampos.

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