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A época dos festivais começa cada vez mais cedo e já não é preciso esperar pelo Verão para ver concertos em série. Abram alas para os festivais de Primavera e para o novo ID No Limits. Damos-lhe razões para ir dançar à Linha e experimentar uma discoteca silenciosa.
O ID NO LIMITS não nasceu do nada, ao contrário do que se possa pensar. Aliás, é o sucessor de um festival que desde 2016 já tinha conquistado o seu próprio público e um lugar na cidade, o Lisboa Dance Festival, e que trouxe nomes como Hercules & Love Affair ou Sven Väth, primeiro à LX Factory e depois ao Beato.
Ano novo, vida nova e festival novo. “Com o interesse de Câmara de Cascais em ter o festival lá não fazia sentindo manter o nome”, explica Karla Campos, a directora. “É uma primeira edição de ID No Limits, mas é uma continuação do trabalho que desenvolvíamos com o Lisboa Dance Festival.”
Um festival dentro de portas – agora no Centro de Congressos do Estoril, preparado especialmente para a ocasião – e com a preocupação de ir buscar “o melhor que se está fazer na música urbana, quer no mundo, quer em Portugal”, continua Karla.
Mas o que é a música urbana? “É um chapéu muito grande”, justifica. “Mas é aquilo que as pessoas entre os 16 e os 35 anos estão a ouvir nas grandes cidades e que engloba a electrónica, o hip-hop, o rap e um estilo de electrónica-afro iniciado pelos Buraka Som Sistema.”
Essa mistura deu origem a um cartaz tão ecléctico que tem desde o luso-cabo-verdiano Dino d’Santiago ao DJ, rapper e produtor Madlib, o grande cabeça de cartaz. Também estão lá nomes como Little Dragon, o DJ e produtor venezuelano ARCA, a rapper IAMDDB ou o britânico Kamaal Williams, uma das metades do grupo de jazz Yussef Kamaal.
Nesta amálgama de géneros urbanos, há várias escolhas nacionais, de Xinobi a Shaka Lion, passando por Nigga Fox, Varela, Photonz ou Rui Maia.
Numa das cinco salas do festival (que também inclui um auditório para os concertos mais calmos) destaca-se uma silent disco. E o que vem a ser isso? “As pessoas ouvem a música que escolhem a partir de dois DJs, através de phones. Quem passar por esse espaço não vai ouvir a música a não ser que ponha os phones.” Óptimo para evitar problemas com a vizinhança.
O único problema do ID No Limits pode mesmo ser a distância ao centro de Lisboa e os transportes. A pensar nisso, o festival tem várias parcerias, uma delas com a CP, que dá 50% de desconto nos comboios a quem mostrar o bilhete do festival.
Sexta e sábado no Centro de Congressos do Estoril (Estoril). Passe de dois dias 45€ até 28 de Março, 50€ no próprio dia. Passe de um dia a 35€