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Iminente leva arte e música aos jardins do Palácio Pimenta

O festival de música e artes visuais vai ocupar os jardins do Museu de Lisboa – Palácio Pimenta, com nomes como Tristany, Sam the Kid e o colectivo Unidigrazz. A entrada é livre.

Beatriz Magalhães
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Beatriz Magalhães
Jornalista
Tristany
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O Iminente está de volta nos dias 12 e 13 de Outubro. Este ano, e tal como aconteceu em 2023, o festival toma conta de um espaço diferente da cidade com uma programação de música e artes visuais que privilegia a participação de e para as comunidades. O lugar escolhido para esta edição foi o jardim do Museu de Lisboa – Palácio Pimenta. Lá, esperam-se concertos, DJ sets, workshops artísticos e instalações performativas e visuais que nascem de projectos, criados no âmbito do festival, como o Participação ou o Residências.

A “participação e o envolvimento são fundamentais”. Quem o disse foi Laurentina Pereira, directora municipal da cultura de Lisboa, na apresentação do programa do Iminente, que aconteceu esta terça-feira. E, de facto, a palavra participação ouviu-se várias vezes, dita também por Margarida Mata, uma das curadoras do festival. Além de ser o tema desta edição, foi em torno da participação que girou a lógica de programação, que contou com “várias interferências”.

Acima de tudo, a vontade foi tornar o Iminente numa “plataforma de criação e de incentivo à criação” que privilegia uma experiência irrepetível. Isso também passou pela escolha do local – o Museu de Lisboa - Palácio Pimenta. O festival acontece desde 2016 na zona da Matinha. No ano passado, surgiu a edição Takeover, que ocupou o Terreiro do Paço e, pela primeira vez, com entrada livre. Joana Sousa Monteiro, directora do Museu de Lisboa, admite que foi um risco serem “invadidos pelo Iminente”, mas, por outro lado, torna-se um risco maior “ficar presos a modelos tradicionais de museus”. 

Passando para a programação em si, salta à vista a interdisciplinaridade e o novo núcleo de projectos próprios que foram sido desenvolvidos ao longo do ano. “O Iminente não aparece só com o festival ou com um evento como o Takeover, mas está a trabalhar ao longo do ano com os bairros, com os workshops artísticos comunitários. E teve este programa de residências artísticas em que três grupos, constituídos sempre por alguém das artes visuais, música e da área da dança, trabalharam em conjunto para fazer uma peça que é site-specific, portanto é para aqui, irrepetível, não vai para outro sítio”, explica à Time Out Margarida Mata. Batida, Carlota Lagido, Shahd Wadi e Carin Geada, bem como Lila Fadista, Piny e Vês Três apresentam instalações-performance. Já Xullaji, Gaya de Medeiros e ±MaisMenos± apresentam uma instalação interactiva imersiva. 

O projecto Participação dá a conhecer quatro obras, desenvolvidas por artistas internacionais como Maotik, Lauren Moffat e Sara Sadik, e por colectivos como o Unidigrazz, que procuram interagir com o público. O programa de workshops artísticos, Bairros, regressa pela quarta vez, depois de artistas e comunidades se juntarem na criação de projectos em cinco associações de Lisboa. Apresentado no dia 13, conta com performances musicais mediadas por Maze e Marfox, e um momento de dança com um grupo de pessoas com mais de 65 anos do PER 11, mediado por Inês Oliveira. 

A música distribui-se pelos palcos Museu e Estufa que, próximos um do outro, têm concertos e DJ sets a acontecer, intercaladamente. A grande prevalência de DJs também acaba por ser um “apelo à dança e ao movimento do público” e, por isso, há Sam the Kid, acompanhado por DJ Big, e Afrokillerz, no dia 12. No mesmo dia, outros nomes como EVAWAVE, Chelas é o Sítio, Dealema, também sobem ao palco. A 13 de Outubro, é a vez de Shaka Lion, Yung Sigh, Marfox com o Deejay Rifox e o Deejay Veiga, e ainda Tristany, que dá a conhecer o que será o seu próximo álbum, e Silly.  

Durante o fim-de-semana, decorre ainda um programa de conversas, em parceria com A Mensagem de Lisboa, que procuram discutir os processos e temas do projecto Residências e o potencial das artes digitais no campo da participação.

Museu de Lisboa – Palácio Pimenta (Campo Grande). 12-13 Out. Sáb 15.00-02.00, Dom 15.00-01.00. Entrada livre

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