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Iminente leva workshops e arte a Monsanto, mas conversas e concertos são online

A Oficina Iminente é o novo modelo do festival adaptado às novas circunstâncias. Os bilhetes para os workshops estão à venda a partir de dia 26 de Agosto.

Festival Iminente
Festival Iminente
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O mundo mudou e todos os eventos, como os conhecíamos, mudaram com ele. O festival Iminente, de música e arte urbana, não é excepção e não falha a agenda este ano: acontece de 9 a 19 de Setembro no Panorâmico de Monsanto com um novo modelo, a Oficina Iminente. Por lá haverá workshops e intervenções artísticas. Os concertos e as conversas decorrem online.  

Em Abril, o festival com curadoria de Alexandre Farto (Vhils) já tinha avançado com uma alternativa online, na qual angariou perto de 26 mil euros que foram entregues a dois hospitais de referência na resposta à pandemia. Face às restrições actuais e às medidas de prevenção, o Iminente apresenta agora um novo modelo de festival adaptado às circunstâncias: é a Oficina Iminente.

“Com a mente na criação de novos espaços de trabalho para artistas e representantes da cultura nacional, esta iniciativa abre uma frente de formação artística assente na capacitação criativa e na aprendizagem prática, partilhada entre artistas estabelecidos e artistas em formação”, pode ler-se em comunicado. 

A grande novidade da programação está nos workshops que compõem este novo formato de festival, sendo que só quem tem bilhete para estas actividades é que poderá aceder ao recinto do Panorâmico de Monsanto, que acolheu as últimas duas edições do Iminente. A lotação fica assim reduzida cumprindo todas as normas e recomendações de segurança da Direcção-Geral da Saúde. 

No programa estão sete workshops experimentais, dedicados a diferentes temas e encabeçados por artistas como ±MaisMenos±, Chullage, Inês Tartaruga Água, Os Espacialistas, Piny, Trypas Corassão e Wasted Rita. As sessões têm lotação limitada (10 a 15 pessoas cada) e vão permitir a criação de trabalhos numa dinâmica directa com o artista em questão. 

De 9 a 12 de Setembro decorre o primeiro workshop, ±PANORÂMICO±, com ±MaisMenos± sob o mote de propaganda politico-artística.“A messy, friendly and non-competitive, super bad inspirational writing and ugly drawings workshop” está entregue a Wasted Rita, uma sessão de desenho e escrita “para quem quer garantir o mínimo de comunicação com outras pessoas”, refere o comunicado. Acontece a 10 de Setembro. 

Inês Tartaruga Água dirige a oficina “Toxi City: 101”, a 12 de Setembro, um reflexão sobre a emergência climática e a experiência quotidiana de viver a cidade. De 14 a 17 de Setembro, Os Especialistas lideram o workshop “PLAYMOBILE” e, nas mesmas datas, a dançarina Piny, do colectivo Orchidaceae, estará à frente de um workshop de resistência e celebração do corpo com “2 x 2 Corpos Políticos na Dança”. 

O rapper Chullage dita as ordens na “Oficina de Palavra Dita”, de 15 a 17 de Setembro, e a 18 de Setembro será a vez do colectivo Trypas Corassão (Tita Maravilha e Cigarra) apresentarem “Roda de Samples”, uma oficina de colagens sonoras com foco feminista e transfeminista. 

Para cada workshop, a organização vai atribuir três bolsas, sendo que as candidaturas abrem esta quarta, 19, e prolongam-se até dia 23 de Agosto. O formulário é preenchido no site e no dia 26 deste mês serão divulgados os vencedores escolhidos pelos artistas.

Parte da identidade do festival é a arte urbana, e não, não foi esquecida. Nesta edição peculiar, o Panorâmico de Monsanto terá um parque de arte pública com curadoria e direcção artística da Underdogs, e que terá obras originais dos artistas visuais Add Fuel, AkaCorleone, Francisco Vidal, Tamara Alves e Wasted Rita. 

Por lá vão estar esculturas de grande escala, que vão depois integrar o espaço, gerido pela autarquia, e que poderá ser visitado quando voltar a abrir portas ao público. Ainda no contexto do evento, os artistas ±MaisMenos±, Gonçalo Mar, Halfstudio e Tamara Alves irão também desenvolver peças de arte pública na cidade.

Haverá ainda um ciclo de conversas e debates, com curadoria de António Brito Guterres, com convidados especiais para discutir cada uma das temáticas escolhidas, que vão desde as artes visuais e sustentabilidade, passando por linguagens corporais e urbanismo, activismo e linguagens sonoras.

No dia 18, às 15.00, discute-se “O underground e espaços artísticos para a transformação social” e às 16.30 a “Biopolítica e o exercício de poder”. No dia 19, às 15.00, está em cima da mesa “Autogestão e apoio mútuo em tempos de pandemia” e, às 16.30, o “Urbanismo, património e estatuária”. As conversas serão transmitidas em directo por streaming no site do festival. 

A transmissão online será também usada para os concertos que este ano não vão juntar centenas de pessoas em redor do palco. Chong Kwong (dia 18; 18.00), Mynda Guevara (dia 19; 18.00), Shaka Lion (dia 18; 19.00) e XEH! (dia 19; 19.00). 

O festival surgiu em 2016 com Vhils a comandar as tropas e assim continua, com co-organização da Câmara Municipal de Lisboa e curadoria artística da Galeria Underdogs. Os bilhetes estão à venda a partir do dia 26 de Agosto, na Ticketline, sendo que o preço varia entre os 35€ (workshops de um dia) e 100€ (workshops de três dias ou mais).

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