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A 17.ª edição do IndieLisboa acontece agora de 25 de Agosto a 5 de Setembro, como adiantado em Abril. A programação completa foi anunciada esta terça-feira e inclui mais de 240 filmes, em menos sessões diárias do que o previsto. La Femme de Mon Freré, estreia na realização da actriz Monia Chokri, é o filme de abertura. Mas há mais novidades.
A hipótese de fazer uma versão exclusivamente online nunca esteve em cima da mesa, mas a reorganização foi inevitável. Nas salas do Cinema São Jorge, Cinema Ideal, Cinemateca Portuguesa e Culturgest haverá não só lotação reduzida, como menos sessões diárias. Para compensar, há duas novas salas, pela primeira vez ao ar livre: a Esplanada da Cinemateca, onde poderão ser vistos filmes quase todas as noites, e o terraço do Capitólio, onde o IndieJúnior também promete levar cinema aos mais novos.
A cerimónia de abertura do festival está marcada para 25 de Agosto, às 19.00, na sala Manoel de Oliveira do Cinema São Jorge, com La Femme de Mon Frére, de Monia Chokri, que conhecemos como actriz dos filmes de Xavier Dolan. Já a de encerramento decorrerá a 5 de Setembro, no Grande Auditório da Culturgest, pelas 21.30, com Um Animal Amarelo, de Felipe Bragança, numa co-produção O Som e a Fúria, com argumento sobre um falido cineasta brasileiro, que conta com a colaboração de João Nicolau.
Entre o cinema português seleccionado para esta edição, destaca-se Fojos, um documentário de Anabela Moreira e João Canijo, rodado em Castro Laboreiro; 28 ½, o segundo filme de Adriano Mendes sobre uma jovem numa Lisboa gentrificada; e as curtas Adeus Senhor António, realizada por Júlia Buisel, anotadora e actriz de Manoel de Oliveira, e Para Cá do Marão, de José Mazeda, conhecido produtor que se estreia na realização com a reprodução de uma história que ouviu durante a rodagem de Terra Fria, de António Campos.
A Metamorfose dos Pássaros, de Catarina Vasconcelos, O Fim do Mundo, de Basil da Cunha, A arte de morrer longe, de Júlio Alves, e as curtas O Cordeiro de Deus, de David Pinheiro Vicente, A Mordida, de Pedro Neves Marques, e Corte, de Afonso e Bernardo Rapazote, são outros dos títulos portugueses a não perder.
Na competição internacional, destaca-se A Febre, de Maya Da-Rin, um drama acerca das pressões de um modo de vida urbano e moderno, que arrecadou em 2019 o prémio da crítica no Festival de Locarno; Nafi's Father, a primeira longa do senegalês Mamadou Dia, duplamente premiada no Festival de Locarno; e Bird Island, de Maya Kosa e Sergio da Costa, dupla que regressa ao festival depois de ter estado na competição nacional com Antão, o Invisível (2017).
Para mais informações, é possível consultar a programação completa no site do festival, que se prolonga até 11 de Setembro, após o encerramento oficial no dia 5, com sessões adicionais no Cinema Ideal, onde terão lugar sessões de filmes premiados, e na Cinemateca Portuguesa, com projecções de filmes pertencentes às retrospectivas de Ousmane Sembène e dos 50 Anos do Forum Berlinale.
Durante todo o festival, será possível usar uma app, gratuita para sistemas iOs e Android, para fazer a calendarização de sessões que se queira ver e “personalizar a experiência do festival na palma da mão”, garante a organização em comunicado. “A exponenciar a acção da aplicação, o festival tem um Whatsapp este ano, mais uma fonte de comunicação onde poderás não só tirar dúvidas, mas ter alguém do outro lado que te ajudará a navegar pelo programa.”
O preço dos bilhetes para as sessões de cinema, já à venda na Ticketline e nas bilheteiras das salas seleccionadas, varia entre os 3,20€ e os 4,50€, sendo possível aplicar vários descontos.
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