Notícias

Inedit: depois da marca, uma loja feita de cor

Quatro anos depois da primeira colecção, os padrões de Inês Silva ganham outra vida. A Inedit abriu uma loja e cor é o que não lhe falta.

Mauro Gonçalves
Escrito por
Mauro Gonçalves
Editor Executivo, Time Out Lisboa
Inedit
© Arlei Lima
Publicidade

É o tipo de montra que não passa despercebida. Mesmo sem vermos o interior, o dégradé vibrante do tecido nota-se à distância. Lá dentro, o arco-íris explode – nas peças que estão penduradas nos cabides, na cortina do provador, no balcão. A Inedit veio da rua de cima para agora ter uma porta aberta para a rua. "É um sítio onde posso trabalhar, onde posso ter as costureiras e para receber os meus clientes. Quis abrir o Inedit Studio e não apenas uma loja", diz Inês Silva, a fundadora da marca, à Time Out.

Inedit
© Arlei Lima

Esta viagem pelo mundo da cor começou há anos e ainda no domínio do design gráfico. "Não foi planeado", recorda Inês. Os padrões sempre foram a parte favorita do trabalho e, numa passagem pelo Rio de Janeiro, percebeu que poderiam ser também o futuro. Em 2016, já de regresso a Portugal, aplicou-se e começou a desenhar para diferentes marcas. "Os meus favoritos nunca eram escolhidos, então fui ficando com vários padrões na gaveta. Mas comecei sem alguma vez imaginar que ia fazer roupa", continua.

A primeira colecção da Inedit saiu em Abril de 2019 – uma selecção de padrões frenéticos estampados em tecidos fluidos e cheios de movimento. A pandemia pode ter desacelerado o crescimento da marca, mas a retoma foi bombástica. No último Verão, a moda de festa foi o grande investimento da designer e a febre dos vestidos fez aumentar a carteira de clientes. Este ano, a colecção Salero já chegou à loja online (e à nova loja/showroom físico). Durante os próximos meses, serão lançadas pequenas edições cápsula, até porque é as peças são produzidas em quantidades limitadas.

Inedit
© Arlei LimaInês Silva, fundadora da Inedit

"Sinto que estou a criar para um nicho. Não é qualquer pessoa que arrisca nestas cores e nestes padrões. Tem de se ser, no mínimo, extravagante", confirma a criativa de 34 anos. E se é certo que é preciso audácia para misturar as cores e os padrões convocados por Inês, também é garantido que, ao fim de quatro anos de Inedit, os clientes da marca procuram-na para sobressair na multidão. "Já tive padrões a preto e branco, mas cheguei à conclusão de que não resulta. Posso fazer coisas mais sóbrias, mas não é o que os meus clientes procuram."

Inedit
© Arlei Lima

Ao lado, laboram duas costureiras. Parte do trabalho é dedicado a uma outra vertente do negócio: a produção de merchandising para museus nacionais e internacionais. Na parte de trás, fica o atelier de Inês, onde nascem os padrões de cada estação. Seguem depois para o Norte do país, onde são estampados sobre cetins de poliéster reciclado, viscoses e algodões. Na loja, abundam os vestidos. Uma clara antecipação da época dos casamentos, um sortido de cortes e silhuetas onde encontra um pouco de tudo – tudo menos sobriedade.

Rua da Beneficência, 235B (Rego). 21 164 5691. Seg-Sex 10.00-18.30

O luxo mora aqui, mas tem de tocar à campainha

A André Ópticas tem uma nova loja e faz lembrar o mítico Expresso do Oriente

Últimas notícias

    Publicidade