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Aos 24 anos, Inês Stock montou um pequeno atelier dentro de casa. É lá que guarda centenas de missangas, a base do trabalho que tem desenvolvido nos últimos tempos e que, desde o início de 2023, passou a ter uma etiqueta. Oficialmente no mercado, a Beatstock move-se ao som da música e deixa-se contagiar pelas cores vibrantes do Verão. "A inspiração das minhas peças chega através da música. Acho realmente que as duas coisas estão muito ligadas", começa por explicar a jovem empreendedora, que desistiu da faculdade para tentar uma carreira no universo musical.
Mas o caminho não era bem por aí. "Já fazia bijuteria com a minha mãe, ela ensinou-me tudo." Começou pelas pequenas peças e foi com um desafio lançado pelo amigo e designer João Magalhães que decidiu dar um passo em frente e aumentar a escala das suas criações. Valeram-lhe os vídeos no YouTube para apanhar o jeito. As primeiras malas desfilaram na ModaLisboa em Outubro de 2021 e, a partir daí, vieram sempre outras.
Em Janeiro, lançou oficialmente a Beatstock, uma marca assumidamente dedicada aos acessórios de moda e alojada no Instagram, embora tenha já conquistado lugar em lojas como a House of Curated, a Mustique e a Be We, em Cascais. Quanto ao material usado, dispensa apresentações. As missangas podem ser de dois tipos: acrílico, mais leves e baratas, ou cristal, mais pesadas e também mais valiosas. Para esta autodidacta, são peças destinadas a ocasiões especiais.
"Tudo demora tempo a fazer e os preços vêm precisamente daí, do tempo de trabalho. Às vezes, demoro quatro ou cinco dias a fazer uma mala." Os preços rondam os 200 euros e o número sobe quando falamos de missangas de cristal, daí que Inês pense também em criações bem menos ambiciosas, como capas de telemóvel ou porta-cartões. O próximo passo será criar uma loja online e começar a pensar num espaço próprio, onde os clientes possam ver as peças ao vivo.
Por estes dias, explora algumas possibilidades na área da decoração – as jarras são tão ou mais coloridas do que as malas e estão a fazer sucesso. Depois de algumas experiências, Inês pensa também em estender a oferta ao vestuário. Sempre nunca perder de vista as missangas, claro.
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