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Amada e demonizada na mesma medida, não há hoje bairro em Lisboa sem uma Padaria Portuguesa, empresa detida a 100% pela família de Nuno Carvalho (CEO) e José Diogo Quintela (humorista, ex-Gato Fedorento), sócios maioritários. Quase 15 anos depois, soube-se esta sexta-feira, a cadeia está à venda. Segundo avança o Jornal Económico, a empresa contratou o Haitong Bank para assessorar o processo, já “na fase de receber propostas não vinculativas (non-binding offers)”.
Actualmente, a Padaria Portuguesa conta com 78 lojas em Portugal, apenas quatro a norte (três no Porto e uma em Matosinhos) e as restantes na Grande Lisboa. Conta ainda com duas fábricas de produção própria. De acordo com o plano de expansão, há planos para abrir mais 40 lojas até 2028, criando 600 postos de trabalho.
O Jornal Económico escreve ainda que “o negócio é atraente para fundos de capital de risco e fundos de private equity, segundo fontes do mercado”.
No site da Padaria Portuguesa, a ideia da sua criação é atribuída a Nuno Carvalho. “Eram outros tempos. Tempos em que os portugueses, e sobretudo os lisboetas, iam cada vez mais comprar o seu pão às grandes superfícies, quase sempre distantes das zonas de residência”, lê-se. “A nossa missão passava por resgatar um sentimento bairrista em declínio, com produtos de fabrico próprio, um atendimento personalizado e acolhedor, e a oportunidade generalizada de tomar o pequeno-almoço fora de casa.”
O sucesso da casa foi imediato, com o pão de deus, mal cozido, húmido e carregado de côco, a destacar-se na oferta. Nos últimos anos, porém, com a multiplicação de lojas na cidade, a Padaria Portuguesa não se tem livrado de críticas, acabando a marca a ser acusada muitas vezes de descaracterização da cidade, onde prevalecem cada vez menos pastelarias tradicionais com fabrico próprio.
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