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Apareceu de cara lavada em Junho do ano passado e já está a arrecadar prémios. A reabilitação do Jardim Botânico do Palácio de Queluz tornou-o um dos vencedores deste ano do Prémio Europa Nostra na categoria de Conservação, uma distinção daqueles que são os mais importantes prémios europeus no domínio do património. O jardim é o único vencedor português na lista dos 29 galardoados.
“Os vencedores dos Prémios são a prova viva de que o património cultural é muito mais do que a memória do passado – constitui uma chave para a compreensão do nosso presente e um recurso para o nosso futuro. Devemos, por isso, utilizar o Ano Europeu do Património Cultural para reconhecer o valor do nosso património cultural partilhado para o futuro da Europa”, afirmou Plácido Domingo, cantor de ópera e presidente da Europa Nostra, a principal organização europeia do património, representada em Portugal pelo Centro Nacional de Cultura, que comissaria os prémios, juntamente com a Comissão Europeia.
Os prémios deste ano dão “particular ênfase ao valor acrescentado gerado pelos projectos no âmbito do património, como forma de contribuição para o Ano Europeu do Património Cultural”, pode ler-se em comunicado no site da Parques de Sintra.
Mas a premiação não fica por aqui. O Jardim Botânico disputa agora com os restantes 28 projectos o Grande Prémio, que será atribuído apenas a sete vencedores, onde cada um receberá 10 mil euros, tudo isto numa cerimónia que tem lugar a 22 de Junho, em Berlim, durante a primeira Cimeira Europeia do Património Cultural. Na mesma cerimónia, será entregue o Prémio Escolha do Público, que decorre de uma votação online até 10 de Junho, onde os cidadãos podem votar nos projectos que mais lhe agradarem.
A reabilitação do jardim, construído entre 1769 e 1780, foi obra da Parques de Sintra, que o devolve à população, numa aproximação quase perfeita à disposição primordial do jardim, um lugar que servia de recreio à corte portuguesa e à família real.