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João Sá é o chef do futuro para a Academia Internacional de Gastronomia

O chef do futuro com um passado e um presente bem consolidados. João Sá, que este ano conquistou uma estrela Michelin para o seu Sála, recebeu o prémio de “chef de l’avenir” da Academia Internacional de Gastronomia.

Cláudia Lima Carvalho
Editora de Comer & Beber, Time Out Lisboa
João Sá
Arlei Lima
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Não será exagero dizer que 2024 está a ser o ano de João Sá, depois de este também ter subido ao palco da gala do Guia Michelin para receber a estrela para o restaurante que tem há cinco anos na Rua dos Bacalhoeiros, o Sála. Agora, é a vez da Academia Internacional de Gastronomia o apontar como “chef de l'avenir”, atribuído a cozinheiros promissores a nível mundial.

“É muito gratificante receber este prémio. É ver, mais uma vez, o meu trabalho, dedicação e esforço reconhecidos, por uma instituição internacional que respeito e admiro”, congratula-se, em comunicado, João Sá. “Orgulho-me também de poder contribuir para dar palco à nossa gastronomia além fronteiras. Temos um país com uma grande riqueza e diversidade a nível de produtos, e temos uma nova geração de cozinheiros cheios de garra e talento que mudaram o panorama gastronómico português. É importante que lá fora comecem a valorizar e a reconhecer a qualidade da nossa gastronomia”, acrescenta ainda o chef, que sucede assim a Luís Gaspar, premiado no ano passado. 

João Sá já tinha sido um dos justos vencedores da primeira gala do Guia Michelin Portugal e no discurso de agradecimento acabou a resumir na perfeição o Sála: “É um restaurante independente, pequenino, mas ambicioso”. A cozinha, essa, faz-se de misturas. Uma viagem gastronómica que começa em Lisboa e que se estende a outras latitudes, da Índia a África. Há muamba, moqueca, caril, tom yum, mas também caldeirada ou coentrada. Em dois menus (110€ e 140€), a carne existe apenas como um apontamento e nunca como um prato – ao almoço de sexta e sábado, há ainda um menu curto por 50€.

Também distinguido pela Academia Internacional de Gastronomia foi José Bento dos Santos que recebeu o Grande Prémio da Cultura Gastronómica, ele que é presidente honorário da Academia Portuguesa de Gastronomia e antigo presidente da Academia Internacional de Gastronomia. Já este mês, a Câmara Municipal de Lisboa aprovou a atribuição da medalha de Mérito Cultural a Bento dos Santos, que é actualmente conselheiro gastronómico da Chaîne des Rôtisseurs, cavaleiro da Confraria do Vinho Porto, membro titular da Académie des Psycologues du Goût (em Paris), Chevalier des Entonneurs Rabelaisiens (em Loire), membro honorário da Academia Italiana della Cucina e Chevalier du Tastevin (em Borgonha). De acordo com a nota de imprensa, a distinção a José Bento dos Santos foi decidida por unanimidade pela assembleia geral da Academia Internacional de Gastronomia. 

Saíram premiados ainda Gonçalo Patraquim, diretor executivo de vinhos do grupo Plateform, com o Prix au Sommelier, e Davide Cunha, da Confeitaria Nacional, com o Prix au Chef Pâtissier. O prémio de literatura gastronómica foi atribuído a Maria Lecticia Cavalcanti pelo livro A Mesa de Deus, e a José Eduardo Franco e Isabel Drumond Braga por História Global da Alimentação Portuguesa. Augusto Freitas de Sousa recebeu o prémio multimédia com programa “Boa Vida” da rádio TSF.

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