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Na falta de perspectivas, Leonor Cunha Sá viu uma oportunidade naquilo que sempre gostou de fazer: bolos. Não foi na cozinha que se viu a trabalhar, não foi para isso que estudou, mas depois de não arranjar emprego na área onde se formou e com a pandemia a fechar-nos em casa, pôr as mãos na massa foi a melhor ideia que lhe ocorreu – e ainda bem. Assim, nascia a Keik, uma marca de tartes e bolos bem aprumadinhos.
“Sempre gostei de cozinhar doces, desde pequena que fazer bolos com as minhas amigas e primas era um plano ao fim-de-semana, por exemplo”, começa por contar Leonor, de 22 anos. “Quando estava a fazer o estágio sabia que era finito e que depois disso não ia estar muito ocupada, então comecei a pensar no que poderia fazer e a verdade é que em casa tinha muito tempo para isto e fui experimentando”, continua.
E com tantas experiências, tentativas e erros, não demorou até que viessem as perguntas sobre a possibilidade de vender os seus bolos. “Eu ria-me, mas fiquei com isso na cabeça, até que comecei a achar que sim.”
A ajuda das irmãs foi preciosa. Uma é designer e tratou da imagem da marca, a outra é especialista em logística e ajudou a pôr tudo a mexer. “Complementamo-nos umas às outras.”
Uma vez no Instagram, já não havia volta a dar. É nesta rede social que a Keik assenta arraiais. Não há espaço físico e o site chegará em breve. Mas nem por isso há menos cuidado na preparação dos doces.
O menu é fixo e é composto por 11 tartes e bolos. Não há nada extravagante, nem pedidos especiais ou bolos por medida. Leonor chama-lhe uma lista de sobremesas. Todas elas com uma apresentação cuidada e requintada – sem nunca perderem o sabor.
Entre as mais pedidas estão a tarte de doce de leite (22€), com uma base de bolacha coberta com creme de doce de leite, e a tarte de limão merengada (22€), com a mesma base de bolacha, mas aqui coberta com creme de limão e merengue. “As pessoas pedem mais aquilo que lhes apela ao ouvido, coisas que já conhecem de alguma forma, mas quando se aventuram noutros sabores, adoram”, garante. Leonor fala, por exemplo, da tarte de noz-pecã cremosa (20€), “uma tradição americana trazida para Portugal”, ou do bolo de avelã e Nutella (23€). Mas há ainda uma pavlova de frutos vermelhos (25€) ou um cheesecake (26€).
Apesar de ser uma aventura recente, Leonor conta que tem tido muito trabalho e que este deverá aumentar com o aproximar do Natal. “Temos vendido bastante”, admite orgulhosa.
As encomendas devem ser feitas via Instagram ou através do número de telefone, com dois dias de antecedência e é sempre possível combinar a entrega em mãos (com um custo de 3€).
@keik_tartesebolos. 913 312 947
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