[title]
É um prato pequenino com bolinhas amarelas, muitas vezes desvalorizado como sensaborão, mas Artur Desbre, francês, aprendeu a fazê-lo à boa maneira marroquina e serve-o agora num pequeno restaurante no Saldanha dedicado ao cuscuz. Chama-se, claro, La Couscousserie.
Uma das primeira vezes que Artur cozinhou cuscuz à séria foi no aniversário do Transept, o seu bar-restaurante em São Bento. “É um prato para partilhar, muito familiar”, explica – e rende bem, tão bem que a quantidade gigante que fizeram dessa vez deu para distribuir pela rua toda. Aí começou o gosto pelo prato e pela maneira tradicional de o fazer, na couscoussier, uma panela com dois andares para cozer a vapor. E apesar de parecer muito simples de fazer, Artur demora cerca de uma hora a tratar do cuscuz, entre várias cozeduras e temperos, como a curcuma, que confere o tom amarelo mais forte a este cuscuz.
Feito os testes, percebeu que não havia nenhum sítio dedicado a este prato e pensou criar um conceito apenas de take-away e delivery – daí o logotipo do La Couscusserie, um camelo com capacete de moto-boy. O espaço entretanto permitiu que juntassem umas mesas altas e se pudesse comer também aqui, portanto acrescentou a parte de champanhe bar, para juntar o seu lado francês ao prato marroquino.
Faz, à vista de todos, o cuscuz vegetariano (500 gramas, 8,50€), com uma (550 gramas, 9,50€), duas (600 gramas, 11€) ou três carnes (650 gramas, 12,50€) à escolha entre frango, vaca, borrego ou salsicha merguez. Para pessoas de muito alimento, ou para partilhar, tem uma versão royal, com 700 gramas de cuscuz bem carregadinho com todas as carnes anteriores.
Para beber, além do champanhe (75 cl, 60€) e vinhos, há chá de hortelã, servido gelado ou quente (3€), a cumprir a tradição de Marrocos.
Rua Viriato, 16A (Saldanha). Seg-Dom 12.00-23.00.