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Não é difícil encontrar bons nacos de carne a um preço simpático, mas quando a maturação entra na equação, a história é outra. Democratizar o acesso às carnes maturadas é, assim, a grande missão do Las Brasas, o restaurante aberto desde Setembro na movimentada Avenida da Igreja, em Alvalade, que também se propõe a divulgar a gastronomia ibérica. Este é o mais recente projecto do Food Collection, que segue a linha dos outros restaurantes do grupo, entre eles o Udon, o The Green Affair, o Giulietta, ou o Italian Republic.
“O grupo sempre se focou em restaurantes acessíveis”, começa por justificar João Paulo, o responsável pela marca Las Brasas. “Queríamos um espaço onde se democratizasse o acesso às carnes maturadas, que não estão ao alcance de toda a gente. Quisemos criar uma solução”, acrescenta. E para este novo desafio, Alvalade foi a localização óbvia. “Alvalade não tinha [restaurantes de carne maturada], e viemos ao encontro desta carência. Nós já estamos aqui instalados há algum tempo. Temos o Italian Republic, e mais recentemente o Giulietta, e pareceu-nos bem. Gostamos de Alvalade, funciona bem para a restauração”, acredita.
Como a maioria dos restaurantes da zona, o Las Brasas tem dois pisos, um deles na cave, mais indicada para os jantares de grupo. A sala principal é harmoniosa, com janelas grandes (que no Verão se abrem para dar lugar a uma esplanada), mesas em mármore e tons de amarelo. Na cozinha aberta, brilha o Josper, o protagonista em quase todos os pratos idealizados por Fábio Paixão da Silva, chef executivo do grupo. “Daí o nome Las Brasas. Do ponto de vista pessoal, eu adoro comida que passa pelas brasas”, afirma o responsável.
A prata da casa é, então, a carne maturada. “Nós temos carne maturada aos preços mais competitivos de Lisboa”, garante João Paulo. Do menu – todo apresentado em castelhano – destaca-se o lombo (26€, 250gr com um acompanhamento); e o entrecôte (49€, 620gr com dois acompanhamentos), são boas opções. O arroz cremoso (3€) e a batata frita (3€) ligam bem com qualquer um dos cortes.
Antes de tudo, a sugestão é para arrancar com uns pimentos padrón (5€), uma morcela assada com chutney de ananás (6,50€), ou umas croquetas de rabo de boi (7,50€). E para terminar há tarte de queijo basca com molho de frutos vermelhos (6,50€), um bolo de chocolate com recheio de mousse e crumble de cacau (6,50€), e crumble de maçã (6,50€). Há sempre um menu do dia ao almoço, a 9,90€. “Não quisemos necessariamente trazer pratos espanhóis para o menu. Existe uma influência muito portuguesa aqui também”, esclarece.
Estes são alguns dos pratos disponíveis por agora, mas “no Verão é possível que encontrem uma carta algo diferente, estamos a testar as coisas”, revela João Paulo. Quanto ao futuro, o responsável também não fecha as portas a uma possível expansão da marca. “A ideia é abrir cada vez mais. O grupo tem várias marcas e cada marca tem de se provar como negócio. Dependendo desses resultados, abrem-se portas”, remata.
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