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A celebração repete-se todos os anos desde 1745. É considerada uma das maiores manifestações populares da Bahia, no Brasil, e acontece sempre no mês de Janeiro. Em Portugal, vai realizar-se pela primeira vez este ano, a 10 de Setembro, na Igreja de Santo António, em Lisboa.
Na Bahia, a festa acontece no Largo do Bonfim, em frente à igreja, no alto da Colina Sagrada, e é marcada pela lavagem da escadaria e do adro da igreja por baianas vestidas a rigor, ao ritmo de sons e cânticos. O ritual tem origem nos preparativos para a Festa do Senhor do Bonfim, realizados pelos escravos que lavavam e ornamentavam a Igreja.
Mais tarde, por iniciativa do artista baiano Ricardo Chaves, a tradição secular afro-brasileira estreou-se em França, em 2002, com a simbólica Lavage de la Madeleine, na Igreja de la Madeleine, em Paris. Organizado pela Associação Franco-Brasileira Viva Madeleine, a UNESCO reconheceu, em 2011, a dimensão cultural do Festival Cultural Brasileiro Lavage de la Madaleine ao incluir o evento na Rota do Escravo.
No ano do seu 21.º aniversário, o festival chega a Lisboa. O programa inclui uma conferência, às 18.30 de 7 de Setembro, com Aline Silva, da Associação Viva Madeleine; uma missa às 17.00 de dia 8, com participação do coro do Festival Cultural da Lavagem; e uma manifestação pela paz, das 11.30 às 14.00 de 10 de Setembro, entre a Rua do Terreiro do Trigo até à Igreja de Santo António. Este desfile, que é seguido pela lavagem das escadarias da igreja, vai contar com a participação da Ala das Baianas, da Ala dos Capoeiristas, da Escola de Samba da Margem de Sul e dos grupos Batalá, Maracatu Baque do Tejo, Maracatu e Baque de Mulher, e Oxalá.
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