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Uma professora em processo de divórcio, um cirurgião viúvo, um jantar, uma acusação muito grave. Assim começa Liar, a nova série da HBO, que quer trocar as voltas ao espectador.
A princípio, tudo parece perfeitamente normal, até mesmo banal. Laura Nielson (Joanne Froggatt) é uma professora inteligente e dedicada à sua profissão e aos seus alunos, que se está a divorciar e se sente insegura quanto a conhecer pessoas novas e a sair em encontros. Andrew Earlham (Ioan Gruffudd) é um cirurgião conceituado que enviuvou recentemente e cujo filho é aluno da escola onde Laura ensina. Encontram-se, sentem-se de imediato atraídos um pelo outro e, muito naturalmente, combinam ir jantar fora, para conversarem e se conhecerem um pouco melhor.
Assim começa Liar, a nova série da HBO, uma produção entre a ITV britânica e a Sundance TV americana, que à primeira vista parece ir trilhar caminhos narrativos familiares.
No dia seguinte ao encontro, no entanto, tudo parece ter mudado e a sensação de normalidade foi substituída pela tensão e pela inquietação associadas a uma situação que correu mal. No caso de Laura e Andrew, era difícil ter corrido pior, já que a professora acusa o cirurgião de a ter tentado violar. O que este nega peremptoriamente, dizendo que Laura é uma mentirosa perversa e está mentalmente perturbada.
A polícia e os advogados entram em cena, o quotidiano profissional e familiar de Laura e de Andrew são brutalmente abalados e o caso começa a ter repercussões sociais.
Escrita por Jack e Harry Williams (The Missing, Fleabag), Liar dedica-se a dissecar duas personagens, os dois lados de uma relação frustrada e as duas versões de um acontecimento que poderá ou não ter-se dado. E recorre a todas as ferramentas do thriller psicológico para trocar as voltas ao espectador.
HBO Qua (estreia T1)