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Ligação ciclável a 16 escolas de Lisboa tem luz verde para avançar

A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou a proposta da Câmara para a manutenção da rede ciclável da cidade e para a criação de ligações a 16 escolas, operações que ficarão a cargo da EMEL.

Rute Barbedo
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Rute Barbedo
Jornalista
Ciclovia da Avenida Almirante Reis
Mariana Valle LimaCiclovia da Avenida Almirante Reis
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Escolas públicas e privadas de Alvalade, Telheiras, Portela, Olivais, Estrela, Arroios, Lumiar e Marvila deverão ganhar ligações cicláveis até ao final de 2025. A decisão foi tomada esta terça-feira, 29 de Outubro, na Assembleia Municipal de Lisboa, perante a aprovação da proposta da Câmara Municipal de Lisboa (CML) de aditar o contrato com a Empresa de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) para a execução de ciclovias.

O contrato inicial, de acordo com a liderança da CML, "não previa a realização de actividades de manutenção das ciclovias, nem a construção de ligações cicláveis a escolas", cita a agência Lusa. Agora, ambos os compromissos estão firmados com a EMEL.

As instituições que beneficiarão das medidas são a Escola Secundária (ES) Padre António Vieira; a Escola Básica (EB) 2, 3 de Telheiras; a EB Arco Íris; a EB Adriano Correia de Oliveira; o Jardim Escola João de Deus; o Colégio Sagrado Coração de Maria; o Externato Marquês de Pombal; a Escola Básica O Leão de Arroios; o Jardim de Infância do Lumiar; a EB Quinta dos Frades; a EB 2, 3 Professor Lindley Cintra; a ES Lumiar; a EB 2, 3 de Marvila; a EB 2, 3 das Piscinas; a EB Santo António e a EB Coruchéus.

Intervenções serão calendarizadas, aumentando transparência

A proposta aprovada em assembleia contou com os votos contra do Chega, e a abstenção do Bloco de Esquerda, do Livre, do PEV, do PCP, do PS, do PAN, da Iniciativa Liberal (IL), do MPT e de dois deputados independentes dos Cidadãos Por Lisboa. Justificando a abstenção, o Livre lembrou que a CML havia aprovado, a 9 de Outubro, a implementação do programa Vias da Liberdade – Ciclovias de Lisboa 2024-30, "um plano muito mais ambicioso para a expansão da rede ciclável" do que o definido na actual proposta da autarquia para a alteração ao contrato de mandato das ciclovias, nas palavras da deputada Patrícia Robalo, citada pela Lusa. Entre outras medidas, o programa prevê implementar as recomendações da auditoria à rede ciclável, bem como "o pedido com mais de um século da União Velocipédica Portuguesa para construir uma faicha cyclavel na Avenida da Liberdade". Já a IL recomendou à CML a aposta na calendarização das intervenções da EMEL, bem como em relatórios anuais, o que foi aprovado.

Em Setembro de 2023, a Câmara anunciou que avançaria com o projecto BICI (Bloomberg Initiative for Cycling Infrastruture) para ligações escolares, financiado em 400 mil euros, após ter-se candidatado ao programa europeu. Estavam então previstas 23 intervenções em acessos cicláveis, bem como a requalificação das envolventes das escolas de Lisboa. "A tipologia central é a criação de 14 ciclovias segregadas, os elos escolares, perfazendo mais de 10 quilómetros, e que ligarão a rede ciclável existente a 18 escolas seleccionadas. Na maior parte destas intervenções, este processo é combinado com outras tipologias de intervenção como a conversão de ruas para 30 + BICI, as ruas escolares ativas e as melhorias de requalificação e acalmia de tráfego das envolventes escolares", pode ler-se na página da autarquia.

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