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É já quase o "pão nosso de cada dia" e não há programa municipal que lhe valha. A Casa Frazão, histórica loja de tecidos da Rua Augusta, também tem fim à vista.
O balcão está todo preenchido com tecidos de todas as cores e praticamente nem um bocadinho de madeira à vista. A culpada é a “liquidação total até 70%” e o motivo o encerramento da casa inaugurada em 1933 por Manuel Alves Frazão.
Quando passámos por lá, quem atendia os clientes não tinha mãos a medir. Mas panos mediam-se muitos graças à magia dos preços baixos. A data limite para o encerramento definitivo das portas é 30 de Junho, mas a este ritmo a última página desta história com 85 anos pode ser escrita antes do previsto. Assim que acabar o stock a loja fecha portas.
Foi um conjunto de situações que ditou o destino decidido pelos sócios da Casa Frazão: o pronto-a-vestir, a crescente falta de jeito de todos para a costura e por fim, qual cereja em cima do bolo, uma oferta do senhorio para os próximos cinco anos que seria insustentável.
Quando Manuel Alves Frazão morreu deixou o negócio aos funcionários e hoje a loja é gerida por 22 pessoas, que trabalham ou já trabalharam nesta que foi uma das primeiras lojas a serem incluídas no programa municipal Lojas com História. Em assembleia geral decidiram pôr um ponto final na história de uma das últimas casas de tecidos da Rua Augusta, onde ficará a morar a Londres Salão sem concorrência de peso por perto.