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Lisb-On: esplendor sonoro na relva

Escrito por
Clara Silva
Lisb-On
nashdoesworkLisb-On, em Monsanto
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O Lisb-On regressa na sexta para um piquenique electrónico de três dias no Parque Eduardo VII. Maceo Plex, Michael Mayer, Todd Terje e St. Germain são alguns dos nomes da quinta edição do festival mais bem localizado da cidade.

Mais de 10 mil jardineiros. Segundo as contas da organização do Lisb-On, o festival urbano que começa esta sexta-feira, são esperados mais de “10 mil jardineiros” na relva do Parque Eduardo VII. Não que esteja a precisar de ser tratada. Aliás, pisar a relva é obrigatório neste Jardim Sonoro, como lhe chamam desde a primeira edição, em 2014. No primeiro ano, Carl Craig agitava um recanto do parque da cidade normalmente só aproveitado para feiras do livro e megapiqueniques. O ritual foi- -se repetindo nos últimos anos e Setembro já não seria o mesmo se não começasse com este relvado e a sua fauna – este ano a organização levou a coisa à letra e decidiu apresentar os artistas do cartaz como se fossem espécies de insectos por estudar.

Ora vejamos: o DJ Larry Heard, aka Mr Fingers, “que se julga ter aparecido nos primórdios da metrópole de Chicago”, Maceo Plex, que vem para um set especial de cinco horas, “uma das espécies mutáveis mais curiosas do reino em que se insere”, ou Michael Mayer, “com pinças ultraprecisas que lhe permitem executar tarefas cirúrgicas, capazes de influenciar todo o ambiente que o envolve”. Sem esquecer o francês St. Germain, “um dos mais antigos integrantes da família Housae Musicis”, brincam, que depois de uma actuação a norte, no Neo-Pop, passa por Lisboa com a sua banda.

O festival continua com Todd Terje, “uma das espécies mais coloridas do reino animal” ou Rødhåd, “espécie com grande predominância nos arredores de Berlim” e “um dos insectos mais temidos do reino Animalia”.

Voltando ao reino dos humanos e ao festival que acontece de sexta a domingo entre as duas da tarde e a uma da manhã: poucas mais hipóteses terá de ver estes DJs à luz do dia. Aliás, essa é uma das imagens de marca do evento e a organização sabe: “Trazer a festa para a luz do dia ajudou o Lisb-On a distinguir-se e a desenvolver uma personalidade própria em que a diversidade e qualidade da programação musical são palavras de ordem”, dizem. Pelos dois palcos do festival vão passar outros nomes, como Mr. Scruff, Jayda G, Antal, Vakula ou o norte-americano Kerri Chandler, um dos pioneiros do deep house dos anos 90, que encerrará as festividades no espaço verde.

Quem quiser festa depois da 01.00, tem sempre a after-party oficial, no Ministerium, no Terreiro do Paço, com duas DJs: Bella Sarris (na sexta) e Anja Schneider (no sábado). A pulseira do festival não garante entrada (são 15 euros até às 02.30, 18 euros depois disso), mas dá direito a uma bebida.

Lisb-On 2018. Sexta a domingo, 14.00-01.00, no Parque Eduardo VII. Passe 3 dias 60€, passe fim-de-semana 45€, bilhete diário 25€. + info www.lisb-on.pt

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