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Já alguma vez pensou em quais são os melhores lugares para se trabalhar e viver num mundo cada vez mais dominado pelas novas tendências tecnológicas? O Center For The Future of Work, da empresa de serviços de tecnologia Cognizant, resolveu criar uma espécie de roteiro “que permite às empresas, aos governos e às pessoas aprenderem com o sucesso de outros lugares em expansão”. E Lisboa faz parte da lista: é a “capital do cool” e uma referência de inovação tecnológica a seguir.
“Com o conhecimento de que os empregos do futuro vêm geralmente de lugares improváveis, identificámos 21 lugares ao redor do mundo onde o futuro está a ser construído agora”, lê-se no relatório, disponível para consulta online. “Em 2021, estamos à beira de avanços impressionantes em novas tecnologias e novas formas de trabalhar, viver, comer, beber, entreter, criar e inovar novos negócios, que – como a linha de montagem de há um século – estão a alimentar a força de trabalho de amanhã nas cidades e regiões de todo o globo.”
Entre elogios à forma como Lisboa ressurgiu, como uma fénix, “das cinzas da crise financeira de 2010”, e à preeminência como meca do surf, a empresa norte-americana destaca o crescimento tecnológico da cidade, que “tem sido espantoso”, e a qualidade do ensino superior, das infraestruturas e da segurança. Considerando a capital portuguesa como “imperdível para jovens trabalhadores europeus”, refere-se ainda o fácil acesso ao capital privado, a diversidade de talentos e a irrepreensível cena gastronómica e vitivinícola, ilustrada por uma fotografia do Time Out Market.
Além de Lisboa, em Portugal, o relatório “21 lugares do futuro” distingue cidades como Tel Aviv (Israel), São Paulo (Brasil), Wellington (Nova Zelândia), Dundee (Escócia), Toronto (Canadá), Atlanta, Sacramento e Portland (EUA), Kochi (Índia), Songdo (Coreia do Sul), Tallinn (Estónia), Shenzhen, Haidian e Pequim (China), Nairobi (Quénia), Lagos (Nigéria) e Da Nang (Vietname). A par destas 17 cidades, a lista integra quatro lugares sem nenhuma localização física específica, nomeadamente Remotopia (relacionada com o conceito de teletrabalho), Virtual Space (referente à realidade virtual), Outer Space (a “fronteira final” associada à exploração espacial) e Nova Hanseatica (uma “estrutura organizacional pós-estado-nação” ).
Para a criação da lista final, a Cognizant utilizou “a metáfora de um átomo”, analisando os “núcleos e electrões” de cada lugar. No centro, considerou três elementos essenciais: governo local, qualidade do sistema educativo e acesso ao capital privado. E, como complemento, avaliou ainda outros oito componentes: a infraestrutura, o ambiente, o estilo de vida, a cultura e entretenimento, a arquitectura, o investimento tecnológico, os recursos humanos e a acessibilidade.
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