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Lisboa na Rua: um mês de música, dança, cinema, exposições e teatro

O recolher obrigatório inverteu-se: agora é proibido ficar em casa. A partir de 21 de Agosto, o Lisboa na Rua convida a saltitar entre praças, jardins e bairros da cidade.

Raquel Dias da Silva
Jornalista, Time Out Lisboa
Lisboa na Rua
©Vera Marmelo
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Prepare-se para desconfinar em segurança. Com controlo de acessos, o Lisboa na Rua está de volta para um mês de intensa actividade ao ar livre. Entre 21 de Agosto e 19 de Setembro, a EGEAC promove, em parceria com a autarquia, estreias mundiais nas mais diversas áreas artísticas, mas também o regresso de propostas vencedoras de edições anteriores – são os casos do Lisboa Mágica, que conta com a produção do premiado ilusionista Luís de Matos, e do Open House Lisboa, numa edição que se estende, pela primeira vez, até à outra margem do rio Tejo.

Como festa que é festa tem música, o programa arranca a 21 de Agosto da melhor forma. Às 19.30, no Castelo de São Jorge, o primeiro concerto do ciclo A Música e o Mundo – Encontros Sonoros Atlânticos, que depois segue para os Açores, convida a apreciar obras de Philip Glass e duas criações dos compositores Ângela da Ponte e Vasco Mendonça, interpretadas pelo grupo de percussão Drumming GP e o contratenor Stephen Diaz, em estreia mundial.

Ignorando as limitações espácio-temporais do Lisboa na Rua, há ainda outras três propostas musicais: o Somersby Out Jazz, que se estende até Outubro, em três jardins distintos; o concerto O Conde de Monte Cristo, a 3 de Setembro, pelas 21.00, no Castelo de São Jorge; e uma “não-edição” do Lisboa Soa, com lançamento de um livro, sessões de escuta e um concerto único no Castelejo, a 19 de Setembro, pelas 18.00.

Está de volta também o Festival Internacional da Máscara Ibérica, que volta a recuperar as tradições pagãs da cultura popular entre 21 de Agosto e 4 de Setembro. Durante dois fins-de-semana, os grupos tradicionais de mascarados, vindos de Miranda do Douro, das Astúrias e da Galiza, ocupam o Museu de Lisboa – Palácio Pimenta, o Museu da Marioneta e o Castelo de São Jorge.

Se o que lhe apetece é dar um pezinho de dança, deslumbrar-se com imagens arrebatadoras ou assistir a um passe de mágica, vai gostar de saber que o mês de Agosto fecha com chave de ouro. Entre as várias iniciativas, destaca-se, por exemplo, o ciclo Dançar a Cidade, que nesta edição transforma bibliotecas, museus e monumentos em pistas de dança seguras; o regresso do FUSO – Festival Anual de Vídeo Arte Internacional, que arranca a 25 de Agosto, pelas 22.00, no MAAT; e o Lisboa Mágica, que vai realizar-se entre 24 e 29 de Agosto, em vários espaços da cidade, como a Praça do Município, o Palácio Baldaya, o Museu da Marioneta e o Jardim do Torel.

Ao longo de Setembro, vale ainda a pena estar atento à programação do CineCidade, que regressa ao jardim do Museu de Lisboa – Palácio Pimenta com quatro filmes para ver ao ar livre (todas as sextas e sábados a partir das 21.30), numa edição dedicada aos direitos humanos no mundo do desporto. É também no jardim do Palácio Pimenta que, no dia 3, se vai estrear a primeira peça escrita e encenada pela rapper Capicua, A Tralha, que nos recorda que as preocupações ambientais continuam a ser urgentes.

Por fim, no fim-de-semana de 25 e 26 de Setembro, o Open House Lisboa junta as duas margens do rio Tejo num evento acessível pensado para o grande público. Com visitas gratuitas, livres, acompanhadas por especialistas ou voluntários, é a desculpa perfeita para se armar em turista na cidade e explorar espaços habitualmente inacessíveis.

Para consultar a programação completa, basta ir ao site da Cultura na Rua. Todos os eventos têm entrada gratuita, mas com lotações reduzidas de acordo com as normas de segurança em vigor.

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