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Com Portugal na zona vermelha da matriz, o Governo decidiu prorrogar o actual Estado de Calamidade até 11 de Julho e entre a lista de concelhos que recuam no desconfinamento, encontra-se Lisboa. Há novos horários de fim-de-semana e feriados na restauração e no comércio alimentar. Mas não só.
Depois de duas avaliações consecutivas com mais de 240 casos de Covid-19 por 100 mil habitantes, o município de Lisboa não só não vai avançar no desconfinamento como vai dar um passo atrás. O teletrabalho continuará a ser obrigatório, bem como a proibição de circulação para dentro ou para fora da Área Metropolitana ao fim-de-semana. “Excepto com teste negativo ou certificado digital”, informou a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, que fez questão de esclarecer que só são aceites testes PCR (com mínimo de 72 horas) e antigénio (mínimo de 48 horas), invalidando os auto-testes vendidos em supermercados e parafarmácias para este efeito. Os horários desta restrição são os mesmos que estiveram em vigor na semana passada: das 15.00 de sexta-feira até às 06.00 de segunda.
Além das restrições que se mantêm, tanto o comércio não alimentar como os restaurantes, cafés e pastelarias vão passar a ter de fechar às 15.30 aos fins-de-semana e feriados e o limite de pessoas por mesa passará a ser de até quatro no interior dos estabelecimentos e até seis nas esplanadas. O comércio a retalho alimentar também vai ter novos horários durante o fim-de-semana e feriados. As mercearias, por exemplo, vão ter de encerrar até às 19.00.
Entre as novas medidas, conta-se ainda uma redução da lotação de casamentos e baptizados (de 50% para 25%) e a proibição da prática de modalidades desportivas de alto risco, bem como de aulas de grupo em ginásios. Quanto ao desporto ao ar livre, passa a haver um limite de seis pessoas por grupo.
Neste momento, há mais de 700 mil pessoas com mais de 60 anos que não têm vacinação completa e o Governo considera importante que este seja um momento de “controlo da pandemia”. A ministra de Estado e da Presidência realçou ainda o facto de, ao longo da última semana, se ter verificado um crescimento de casos e de internamentos, inclusive nos cuidados intensivos, com Portugal “ainda longe das linhas vermelhas, mas com registo crescente”.
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