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Lisboa sem cerca sanitária, mas com novas restrições

Região de Lisboa e Vale do Tejo não terá cerca sanitária, mas terá restrições diferentes do resto do país para combater os novos casos de infecção. Medidas entram em vigor à meia-noite.

Sebastião Almeida
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Sebastião Almeida
desconfinamento
Fotografia: Mariana Valle Lima
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A região de Lisboa e Vale do Tejo não terá, por enquanto, uma cerca sanitária. No entanto, o limite de ajuntamentos na área metropolitana volta a ser de dez pessoas e as lojas e cafés passam a ter de fechar às 20.00. Depois dessa hora, os restaurante podem continuar a servir apenas refeições. Será proibida a venda de bebidas nas áreas de serviço e reforçada a proibição de consumo de bebidas na rua, à excepção das esplanadas. As restrições entram em vigor a partir da meia-noite.

As novas medidas foram anunciadas hoje à tarde por António Costa, depois de uma reunião com cinco autarcas da Área Metropolitana de Lisboa (AML). De acordo com o primeiro-ministro, a estratégia para fazer face ao aumento do número de casos passará também pelo desenvolvimento de projectos comunitários de reforço e prevenção nas áreas mais afectadas, e pela aposta numa melhor articulação entre municípios e autoridades de saúde. O objectivo é diminuir os prazos de notificação de resultados laboratoriais e de inquéritos epidemiológicos.

Apesar de o primeiro-ministro ter afastado a possibilidade de ser imposta uma cerca sanitária em Lisboa e nos concelhos e freguesias sob vigilância, a situação de calamidade continuará em vigor na Amadora, em Odivelas e, em Loures, na União de Freguesias de Camarate, Unhos e Apelação e na União das Freguesias de Sacavém e Prior Velho. Ao todo, serão 15 as freguesias abrangidas por esta medida.

Além das restrições que entram em vigor à meia-noite, haverá uma maior fiscalização na construção civil e no transporte de trabalhadores deste sector e um reforço da presença das forças de segurança na rua, que servirá para passar uma mensagem de pedagogia, mas também para autuar os cidadãos “em caso de necessidade”, alertou o primeiro-ministro.

O número de casos de Covid-19 na região de Lisboa e Vale do Tejo não pára de subir há várias semanas. Só no último mês, Lisboa e os restantes concelhos da AML tiveram, em média, 250 novos casos por dia. Contudo, o Governo considera que a situação ainda não é preocupante: o número de internamentos, de entradas nos cuidados intensivos e de mortes tem-se mantido estável. O que pode ser explicado pelo factos de os novos infectados serem sobretudo pessoas jovens.

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