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Até 2026, deverão abrir cerca de 40 hotéis em Lisboa, totalizando perto de 5000 quartos, o que representa um crescimento de 15% da oferta deste segmento na capital portuguesa. A previsão integra o mais recente relatório da empresa do sector imobiliário CBRE, Real Estate Market Outlook 2024, divulgado a 22 de Janeiro, que também indica que dois terços dos novos espaços de hotelaria serão fruto de investimento estrangeiro, tornando-se a realidade lisboeta "progressivamente alinhada com a do Algarve, onde as marcas internacionais representam 90% das aberturas".
Não indicando números, o relatório sublinha, também, que "o segmento do luxo interessa-se cada vez mais por Portugal". Já em 2023, 45% das transacções envolvendo hotéis aconteceram no segmento do luxo. Ao mesmo tempo, os lucros dos hotéis de cinco estrelas em Portugal aumentaram quase 50%, comparativamente a 2019. Considerando todos os segmentos da hotelaria, Lisboa, em particular, viu os preços crescerem quase 60% desde 2020, situando-se agora a média da noite perto dos 150 euros (em 2020, não chegava a 100 euros).
A hotelaria parece ser, ainda assim, uma excepção do imobiliário. No ano passado o volume de investimentos caiu quase 50% em relação a 2022, um cenário para o qual a empresa prevê uma viragem a partir deste ano. Motivada pela expectável estabilização das políticas monetárias e pelo "reforço do optimismo na comunidade de investidores, espera-se um aumento de 15% no volume de investimentos em 2024", pode ler-se no mesmo documento.
No quadro global dos investimentos no país, no ano passado, 70% das transacções foram operadas por investidores internacionais, com os fundos imobiliários mostrando-se como os "agentes mais activos", uma tendência que se mantém para este ano, com dois destaques bem delineados, um sectorial e outro geográfico: o retalho e a hotelaria serão os segmentos de maior aposta e o Algarve a região com maior volume de investimentos, logo seguida de Lisboa, que se prevê abarcar 15% das transacções. Sem surpresa, os investidores serão maioritariamente estrangeiros, prevendo-se também uma continuidade quanto às nacionalidades que estão a comprar mais propriedades em Portugal: Reino Unido lidera, seguido dos Estados Unidos.
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