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No dia em que a terceira edição do jornal em inglês Lisbon by Time Out chega às bancas, a CP – Comboios de Portugal está em greve. É a terceira nos últimos três meses. As perturbações na circulação, que têm como objectivo chamar a atenção para as condições dos trabalhadores, deixam centenas de milhares de passageiros apeados.
Cada vez que a Infraestruturas de Portugal faz greve, como a desta quinta e desta sexta-feira, 9 e 10 de Fevereiro, ou a anterior, no Natal passado, a circulação de comboios da Fertagus, que explora a linha ferroviária pela ponte 25 de Abril, sofre perturbações, perturbando todos aqueles que dela dependem para atravessar o Tejo e chegar à capital. Os que o fazem de barco, à boleia da Transtejo e da Soflusa, também têm ficado em terra mais vezes do que gostariam.
Os funcionários do Metro de Lisboa fizeram dez greves ao longo de 2022, reclamando aumentos e outras melhorias – e deixando os utilizadores, milhares de utilizadores por dia, na mão.
A circulação de autocarros da rede Carris Metropolitana – a nova marca de autocarros amarelos da Área Metropolitana de Lisboa, que abarca agora 18 concelhos, mais de 20 mil horários, aproximadamente 12 mil paragens e 1575 viaturas – começou o ano a toda a velocidade, com novidades empolgantes, como um investimento de 1,2 mil milhões de euros, maior oferta de autocarros, um novo sistema de numeração e até a chegada ao Google Maps. O entusiasmo rapidamente desacelerou: as falhas e as queixas multiplicaram-se nas primeiras semanas de 2023, com viagens suprimidas, atrasos sucessivos e muita falta de informação.
O cenário é desanimador. Mas será tão desanimador quanto a ideia de perder 64 horas por ano parados no trânsito, como os lisboetas perderam no ano que passou? Será tão desanimador como as notícias do aumento sucessivo do preço da gasolina e do gasóleo? Sobram, apesar de tudo, muitas e boas razões para trocar o carro pelos transportes públicos. As nossas preferidas: uma Lisboa menos caótica e mais acessível, mais tecnológica, mais verde.
A melhor Lisboa está a caminho, queremos acreditar. E vem de comboio, metro, barco e autocarro.
Além de uma reportagem com estrangeiros que usam transportes em Lisboa – e de outra, à boleia da nova (e caótica) Carris Metropolitana –, pode encontrar no novo Lisbon by Time Out uma entrevista com o vereador da cultura da Câmara Municipal de Lisboa Diogo Moura; as respostas do presidente da Junta de Freguesia de Campo de Ourique Pedro Costa às perguntas dos nossos leitores; um trabalho sobre a tendência do roller dancing, que está a dar ritmo à zona ribeirinha da cidade; e outro sobre o triunfo da mixologia nos restaurantes, onde cada vez mais gente troca o vinho por cocktails de autor.
Lisboa é vossa. Lisboa é nossa. Lisboa é by Time Out.
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