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Longa vida às tascas e mais algas no prato, eis as tendências da restauração para 2025

O que é que podemos esperar dos restaurantes no próximo ano? Quais é que vão ser as grandes modas à volta da mesa? Com a ajuda de 50 pessoas da área, a Edições do Gosto antecipa o que aí vem.

Cláudia Lima Carvalho
O Velho Eurico
Francisco Romão Pereira
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O ano ainda não acabou e a Edições do Gosto, responsável por iniciativas como o Congresso de Cozinha ou o concurso anual que elege o chef do ano, antecipa o que vai marcar o próximo, depois de ter reunido as opiniões de 50 pessoas do meio gastronómico, entre cozinheiros, padeiros, restauradores, sommeliers ou jornalistas. A confirmarem-se as nove tendências apontadas, 2025 será marcado, entre outras coisas, pela nova vida das tascas, à boleia de uma nova geração, por uma preocupação cada vez maior com a saúde, por uma nova pastelaria e por um maior consumo de algas.

Liderada por Paulo Amado, a Edições do Gosto tem vindo desde 2021 a divulgar anualmente aquelas que são as suas previsões no universo gastronómico e da restauração para o ano seguinte. Para 2024, por exemplo, anteviu-se um êxodo rural, ou como Lisboa e Porto deixariam de ser os únicos destinos para novos e ambiciosos restaurantes, além de se apostar numa visão mais sustentável que usa o produto por completo e rejeita o desperdício. Já para 2025, prevê-se um foco no conceito "Uma só saúde". "Cada interveniente na cadeia gastronómica, desde o produtor ao consumidor, tem um papel decisivo nesta missão. A restauração estará cada vez mais dedicada à criação de cartas e pratos que respondam de forma mais consciente e transparente relativamente aos ingredientes, à sua origem e à sua confecção”, antecipa a organização.

Segue-se, "a revolta das tascas", graças a "uma nova geração de restauradores" e o "desperdício ao serviço da criatividade". A quarta tendência apontada é predominância de um "restaurante mais inclusivo", que "celebra a diversidade, seja dos seus colaboradores, seja dos seus clientes". "Um compromisso contínuo de eliminar barreiras para que o espaço e a experiência gastronómica valorizem e respeitem todas as pessoas, independentemente da sua idade, raça, género, origem, orientação sexual, aptidão física ou outra componente da vastidão humana que nos define", lê-se no documento enviado. 

O painel de votantes, constituído por 50 pessoas, "que através das suas valiosas opiniões ajudaram a construir a lista de tendências, entre cozinheiros, pasteleiros, padeiros, restauradores, formadores, sommeliers, jornalistas, bartenders, investigadores gastronómicos, produtores de eventos na área da gastronomia", aponta ainda como tendência para 2025, os "cruzamentos culinários", fruto do "crescimento de ofertas de restauração internacionais com twist local, e vice-versa". 

Ao que parece, em 2025, assistiremos também ao surgimento crescente de alimentos e bebidas fermentados (condimentos, pickles, iogurtes, kombucha, kimchi, carnes, pães…), será cada vez mais habitual beber "vinhos tintos frescos" e as algas continuarão a marcar presença nos pratos, porém, com mais força. Por fim, teremos uma "pastelaria sem culpa", com "ofertas com menos açúcar, outras com ingredientes mais naturais, e ainda algumas veganas, entre outras soluções mais saudáveis e sustentáveis."

Segundo a Edições do Gosto, "o perfil do painel de contribuidores é composto por 50% de homens e 50% de mulheres". "A região predominante destas pessoas é Lisboa (38%), seguida de Porto e Norte (24%), Centro (14%), Algarve (8%), Alentejo (8%), Madeira (4%) e Açores (4%)", esclarecem ainda. “A área profissional predominante é a da Cozinha (28%), seguida pela Gastronomia (18%), Pastelaria/Padaria, Sala, Restauração, Hotelaria, Produção e Ensino (todas com 8% de representatividade), e ainda Acção Social e Bar (ambas com 4%)".

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