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Luís Montez perde direitos sobre o Sudoeste e festival pode não acontecer

O festival que acontece na Herdade da Casa Branca poderá passar um Agosto em silêncio pela primeira vez em quase trinta anos.

Hugo Geada
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Hugo Geada
Jornalista
MEO Sudoeste
MEO Sudoeste | |
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Primeiro foi o Super Bock Super Rock, depois o Super Bock em Stock. Agora, a Música no Coração enfrenta um novo desafio: a perda da marca Festival Sudoeste. Este foi penhorado pelo Fisco devido a dívidas de cerca de 127 mil euros. Pela primeira vez desde 1997, o festival que acontece na Zambujeira do Mar — e que já trouxe a Portugal artistas como Daft Punk, Kanye West, Oasis ou Snoop Dogg — pode mesmo não acontecer em 2025.

A notícia foi avançada pela TVI, afirmando que Luís Montez, fundador da promotora, enfrenta dezenas de acções executivas. Depois de perder o Super Bock Super Rock, festival que organizava há quase trinta anos, o promotor vê-se agora sem a sua outra grande bandeira.

A parceria com a Meo já tinha chegado ao fim em 2023, depois de 18 anos, e sem um patrocinador de peso, colocando um ponto de interrogação sobre a continuidade do evento.

O empresário já tinha admitido as dificuldades: “Sem patrocinador, é muito difícil continuar”, disse à SIC. No entanto, não tinha dado a batalha por perdida: “Ainda estamos à espera, a negociar. Se não for possível para o ano, é no outro a seguir. Não vamos desistir, porque o festival é nosso”. Uma afirmação agora posta em causa pela penhora da marca.

Os problemas financeiros da empresa de Montez já não são novos. Em 2019, a Música no Coração foi alvo de várias acções judiciais por parte de fornecedores que reclamavam pagamentos em atraso.

Montez justificou-se na altura com a sazonalidade do negócio, garantindo que estava a trabalhar para estabilizar a empresa. Mas, cinco anos depois, o colapso parece inevitável.

Se nada mudar nos próximos meses, a Herdade da Casa Branca poderá passar um Agosto em silêncio pela primeira vez em quase trinta anos.

Contactado pela Time Out Lisboa, o promotor não respondeu. 

No entanto, apesar destas informações, Montez disse ao Jornal Económico que a sua empresa está "sólida". “A covid provocou-nos dificuldades, como a todos os empresários desta área, mas estamos a recuperar, estamos sólidos. As contas de 2025 vão espelhar a nossa saúde financeira. Começámos com liquidez e ambição”, disse, acrescentado que estão a ser efectuadas "injecções de capital". 

“Temos um acordo com a autoridade tributária e com a segurança social, isto é, declarações de situação regularizada. Fomos nós que [em 2023] demos a marca Sudoeste como garantia. Estou a fazer injeções de capital na Música do Coração à medida que é preciso. Há liquidez”, revelou ao orgão de comunicação.

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