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O espaço é amplo e luminoso, o rio Tejo ao fundo reluz. À entrada, um balcão, onde se destacam as várias torneiras de cerveja – 20 no total. Na sala, dezenas de mesas e uma cozinha aberta numa espécie de aquário. A esplanada, quase em cima do rio, em pleno Cais da Pedra, ali ao lado do Lux. À primeira vista, o novo Ground Burger nem é assim tão diferente da casa-mãe, junto à Gulbenkian. Miguel Lopes, um dos responsáveis da marca, destaca “o ambiente transparente e luminoso” comum aos dois espaços. Porém, há novidades que só em Santa Apolónia se vão poder provar, muito graças às condições que esta morada oferece.
“Esta localização era algo que queríamos há algum tempo. O próprio espaço em termos de design e conceito, assim mais industrial, tem tudo a ver com o Ground Burger”, começa por dizer Miguel à Time Out, já depois de um almoço de apresentação do restaurante à imprensa, onde antecipava para a mesma zona a abertura no próximo ano de mais dois espaços americanizados, como é apanágio do grupo. O primeiro há de ser um restaurante dedicado a cachorros quentes (e que se tudo correr como planeado funcionará 24 horas, mesmo a pensar naquelas noites no Lux que acabam de manhã) e o outro uma mercearia.
Mas cada coisa a seu tempo. “Agora, estamos focados no Ground Burger de Santa Apolónia”, justifica, explicando que este surge precisamente da “necessidade de expandir um bocadinho mais o conceito americano”. Os hambúrgueres que dão fama à casa continuam a estar no centro de tudo. O brioche, que chega à mesa ligeiramente torrado, é feito em casa, e a carne mantém-se a Black Angus. Do cheeseburger (14,95€) ao Ground Burger (15,95€), com queijo cheddar, alface, tomate, cebola grelhada e um molho especial caseiro, até ao chilicheese (16,95€), que ao hambúrguer junta um chili com carne, além do queijo cheddar, dos picles de jalapeños e da cebola grelhada, está tudo igual. As novidades surgem, sim, noutras partes da carta.
“Queríamos dar algo novo ao nosso cliente, e com bastante qualidade. Esse é o nosso traço. As influências são sempre americanas, a nossa base vai sempre ser essa, mas podemos dar um toque nosso especial, seja no molho, seja na forma como fazemos as coisas e que é muito único”, contextualiza Miguel, exemplificando com o mac n’ cheese, uma estreia. Disponível em dois tamanhos (7,95€/12cm ou 16,95€/18cm), o prato leva seis tipos de queijos diferentes, entre cheddar, gruyère e roquefort. Chega à mesa a ferver.
“Este espaço dá-nos mais possibilidades para fazer outro tipo de criações. O facto de a cozinha ser bastante maior dá-nos margem de manobra para criarmos outros produtos e podermos inovar mais nesse sentido”, conta. Os onion rings (8,95€), que até agora só estavam disponíveis no Ground Burger do Time Out Market, passam a poder ser pedidos em Santa Apolónia também. E nas sandes, além do lobster roll (29,95€), há uma “buttermilk fried chicken” (15,95€), que é como quem diz um peito de frango frito em buttermilk com molho gribiche, salada de funcho, picles de pepino e tomate azul.
A ideia não é, no entanto, que os dois restaurantes se distingam demasiado, garante Miguel. “Não nos queremos distanciar muito daquilo que fazemos lá em cima [em São Sebastião]”, garante.
A verdade é que também nas cervejas a nova morada oferece o dobro das possibilidades à pressão, fruto da melhor capacidade do espaço. No andar de cima, longe da vista dos clientes, fica uma câmara frigorífica que não existe na casa inicial e que permite manter à temperatura certa os barris de cerveja que chegam de todo o mundo. “Até na cerveja a dinâmica é diferente. Nós trabalhamos com muitas marcas internacionais e tentamos sempre escolher um produto que seja diferenciador. Tentamos aqui ter uma lista de cervejas diferentes do que temos lá em cima. Eu diria que, dependendo da rotação, o ideal é variar semanalmente”, diz, lembrando como a cerveja artesanal é ponto essencial de tudo o que o grupo faz – como o mais recente Brew, onde a pizza nova-iorquina casa com a cerveja, ora bem. “Só o facto de aqui termos esplanada, que é algo novo nos nossos conceitos, é um plus totalmente diferente. É óptimo mesmo para se vir beber uma cerveja a meio da tarde. Podemos ter um momento um bocadinho mais prazeroso”, acredita.
Para os mais novos ou para os mais gulosos, há os milkshakes, feitos com gelado caseiro e preparados na hora. Aos sabores que já existiam, como baunilha (7,95€) ou chocolate com manteiga de amendoim (7,95€), há um novo com “chocolate chip e nuts cookie” (8,95€) e tudo porque no menu agora também existe uma cookie artesanal (5,95€) feita com chocolate (Valrhona), avelâs, noz pecan tostadas e sal marinho. E nem os dónutes da Crush Doughnuts (4,95€-6,95€) ficaram de fora.
Avenida Infante Dom Henrique 9 (Santa Apolónia). 213 717 171. Seg-Dom 12.00-00.00
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