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Depois da Lime, foi a plataforma mytaxi que se sentou à mesa com a Câmara Municipal de Lisboa para trazer mais um serviço de partilha para a cidade.
Lisboa é a primeira cidade a receber este novo serviço de partilha de trotinetas, em modo projecto piloto. A apresentação desta nova aplicação lançada pela mytaxi, a Hive, aconteceu esta terça-feira.
O serviço da Hive é semelhante ao da já conhecida Lime. As trotinetas podem ser requisitadas da mesma forma e pelo mesmo preço: através de uma aplicação para iOS e Android desbloqueia-se o veículo por 1€ e a viagem custa 15 cêntimos a cada minuto. Se quiser parar para tomar um café, o serviço dá-lhe meia hora para colocar a trotineta em “park mode”, sem correr o risco de alguém a requisitar.
Mas será que Lisboa precisa de mais umas centenas de trotinetas? O vereador com os pelouros da Mobilidade e Segurança, Miguel Gaspar, esteve presente e explicou que, à semelhança da Lime, foi tudo acordado entre a empresa e o município, que como contrapartida pediu o acesso aos dados da localização de todos os veículos. “Sabemos onde estão as scooters da Lime e da Hive, podemos controlar o fenómeno. Com base na troca de informação podemos tomar decisões a qualquer momento”, esclareceu.
Quanto ao estacionamento abusivo de trotinetas que se tem verificado um pouco por toda a cidade e que tem gerado uma onda de contestação, o vereador sublinha o compromisso das duas operadoras de recolher diariamente as trotinetas para carregamento, voltando a ser colocadas nas dezenas de hotspots assinalados a verde espalhados por Lisboa (actualmente são 60). Miguel Gaspar referiu ainda a importância da sensibilização e educação dos utilizadores que não devem estacionar a trotineta de forma a que impeça ou perturbe a passagem de peões. Além de que deve cumprir o Código da Estrada português. Isto significa, por exemplo, que é expressamente proibida a circulação tanto nos passeios, como nas faixas Bus. O limite de velocidade dificilmente será uma preocupação, já que as Hive atingem apenas os 25km/h.
A circulação da Hive é, para já, um teste e o vereador explicou que o município tem de proteger tanto o espaço público, como a sua segurança. “Mas se tivermos de alterar as regras, vamos alterá-las juntos”, defendeu, referindo-se às operadoras de serviços de transportes partilhados e acrescentando que estão a tentar melhorar este ecossistema. O aumento da rede de espaços para este tipo de veículos está na calha.
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