[title]
Bruno Candé foi morto a 25 de Julho de 2020, um crime que ficou provado em tribunal ter sido motivado por ódio racial. Um ano depois, o “Concerto 25 de Julho”, uma iniciativa #MAKAlisboa em parceria com o Festival Iminente, homenageia o actor e todas as vítimas de discriminação, opressão e injustiça. O concerto será transmitido online nas contas de Instagram e Youtube do Iminente, às 21.30 deste domingo.
O palco do concerto não será estranho a quem segue o #MAKAlisboa, projecto de Francisco Vidal e Namalimba Coelho que foi ganhando forma, como instalação, em três momentos: primeiro no Festival Iminente no ano passado, depois no maat – Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia, e em Março deste ano no concerto de Dino D’Santiago no 31.º aniversário do jornal Público. Nessa instalação MAKA, que significa também Momento Artístico pela Cultura Africana, estão representados quatro nomes indissociáveis da luta contra a discriminação: Alcindo Monteiro, Cláudia Simões, Bruno Candé e Giovani Rodrigues.
O concerto, marcado para as 21.30, surge depois de o Tribunal de Loures ter condenado o homicida de Candé a 22 de anos e nove meses de prisão por homicídio e posse ilegal de arma, dando como provado a motivação racista do crime. É, aliás, o acórdão, composto por 103 páginas, que forra o chão do palco, e que será lido, em parte, pela rapper G Fema, no final da sua actuação.
Além de G Femma, estão confirmados ainda Dino D’Santiago, Tristany + Lindu Mona, Sam The Kid, Jacqueline Monteiro + Active Mess e o grupo de Batukadeiras Bandeirinha da Boba, acompanhadas do trompetista Ricardo Pinto.
A organização está a promover também a venda de t-shirts, já usadas em eventos públicos por Carlão ou Dino D’Santiago, criadas no contexto do projecto #MAKAlisboa. É o retrato do actor que está na t-shirt, numerada. Só foram criadas 100 e estão à venda no site da Galeria Underdogs com o valor de 50€. O dinheiro reverterá na totalidade para os três filhos de Bruno Candé.
+ Nossa Lisboa: novo festival de música nasce em Setembro
+ Da revista para o Centro Cultural de Cabo Verde: Lisboa Negra é agora uma exposição