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MANA. Chegou uma sacana com muita pinta ao bairro dos restaurantes de Cascais

Não fica na Rua Amarela, mas mesmo ao lado. O restaurante MANA, dos mesmos donos da Taberna Clandestina, propõe comida do mundo e cocktails de assinatura num ambiente urbano e animado.

Vera Moura
Escrito por
Vera Moura
Directora Editorial, Time Out Portugal
MANACASCAIS_FRP, 10/07/2023
Francisco Romão Pereira / Time Out
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O metro já chegou a Cascais. A estação fica no piso inferior do novíssimo restaurante MANA e foi desenhada pelo artista urbano Francisco Camilo – o mesmo que grafitou as casas de banho, povoou as paredes com pequenos homens das cavernas de garrafa de vinho na mão ou senhoras a passear peixes com trela,  e criou o retrato de uma mulher à entrada. De óculos escuros e ar rebelde, foi ela a grande inspiração para o nome do restaurante, MANA. “É uma representação da figura da mulher, forte, independente, que sabe bem o que quer e com quem ninguém se mete – daí a nossa assinatura: a sacana do bairro. De uma perspectiva mais pessoal, é a nossa forma de representar os bons exemplos de ‘manas’ que temos e tivemos na nossa vida”, diz Luís Tarouca, um dos proprietários, que já tinha, a poucos passos dali, a Taberna Clandestina e a Cantiga Clandestina, na Rua Amarela.

MANACASCAIS_FRP, 10/07/2023
Francisco Romão Pereira / Time Out
MANACASCAIS_FRP, 10/07/2023
Francisco Romão Pereira / Time OutA "estação de metro" do MANA

A equipa, com a chef Inês Brigantim aos comandos dos pratos e com o barman Rodrigo Bispo (“o do boné”) a pensar nos copos, é comum aos três espaços, mas os conceitos são bem diferentes: enquanto os outros restaurantes são mais tradicionais, com petiscos e bebidas clássicas, neste a decoração é mais industrial, ouve-se música alta, come-se comida de inspiração mediterrânica e bebem-se cocktails de assinatura. O Bibi Souer, por exemplo, junta grappa, maracujá, romã e schrub (8,50€); o Fresh Start, bem verde, tem rum, pepino, ananás e limão (8€); e o Oaxaca, que dentro do copo tem a boiar um shot com pequenos pedaços de chocolate, mistura mezcal, tequila e laranja (9€).

A carta, com muitas opções, todas a pedir partilha, revisita alguns clássicos, como o bife tártaro (15€), aqui envolvido num crocante de parmesão, ou o magret de pato (16€), acompanhado de espargos, romã e um cremoso puré de cherovias. Para arrancar, no interior, na esplanada ou na barra montada do lado de fora, nada melhor do que os estaladiços seafood crunchies, com destaque para os biqueirões fritos (9,50€), que se comem de uma ponta à outra, como se fossem jaquinzinhos. 

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Francisco Romão Pereira / Time OutMagret de pato
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Francisco Romão Pereira / Time OutBiqueirões fritos

De inspiração italiana, ou não fosse outro dos sócios Francesco Galletti, de Livorno, há risottos, como o de camarão, lima e manjericão (14€), com arroz Vialone Nano, de um produtor familiar da região de Isola della Scalla; massas, como o spaghetti nero di seppia com tinta de choco, choco, raspas de laranja e malagueta (14€); e pinsas. Não é um erro ortográfico: parecem pizzas mas são mesmo pinsas, uma super-tendência em Itália, com um tipo de massa muito mais leve e fácil de digerir graças à farinha de trigo, soja e arroz, com uma levedação mais longa e conteúdo de água superior. As pinsas do MANA, entre os 11€ e os 16€, chegam à mesa bem recheadas de produtos italianos de excelência: antes da abertura, a equipa fez uma viagem gastronómica pela Toscana em busca de melhores fornecedores. Mais longe no mapa fica o Líbano, de onde vem a inspiração para o guloso fateh de borrego com molho de iogurte e tahini, pinhões, hortelã e romã (14€) – para comer com as mãos, com a ajuda de mini triângulos de pinsa. 

MANACASCAIS_FRP, 10/07/2023
Francisco Romão Pereira / Time OutOs cocktails de Rodrigo Bispo
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Francisco Romão Pereira / Time OutPudim de Abade de Priscos

Há muito mais para viajar no menu, com opções vegan em todos os capítulos, mas já apetece um docinho. O nosso conselho balança entre a mousse de chocolate com crocante de chocolate, framboesas frescas e coulis caseiro (6€) e o surpreendente Pudim de Abade de Priscos (6€), com ananás com calda de cardamomo e raspas de lima.

O fotógrafo da Time Out, alentejano de gema, provou e aprovou. Os olhos da mana Inês – ai, perdão, chef Inês – até brilharam de orgulho.

Tv. dos Navegantes 1, Cascais. 91 566 9206. Qua-Dom 18.00-23.00. (A partir de dia 17 de Julho, abre ao almoço e encerra às 23.00) 

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