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Mário Belém brinda a Eduardo das Conquilhas com mural do tamanho de um prédio

O artista frequenta o histórico da Linha de Cascais desde que se lembra. Agora, homenageia o restaurante e o homem que lhe dá nome com uma intervenção artística.

Raquel Dias da Silva
Jornalista, Time Out Lisboa
Mário Belém
© Francisco Romão Pereira/ Time OutMural Eduardo das Conquilhas por Mário Belém
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O Eduardo das Conquilhas, na Parede, é um histórico da Linha de Cascais. Há mais de 50 anos – 58 para sermos precisos – com a mesma gerência. O senhor Eduardo, uma lenda de 93 anos, de vez em quando ainda é visto a fiscalizar o serviço. É a esta personalidade querida dos cascaenses que o artista Mário Belém agora agradece com um mural do tamanho de um prédio. São três andares de homenagem, perto do restaurante/cervejaria e da estação de comboios.

“Fora de mim de contente de poder ter tido a oportunidade de embelezar a fachada de um dos locais mais icónicos da minha freguesia (❤️‍🔥2775)”, lê-se numa publicação partilhada no Instagram de Mário Belém, que faz referência ao código postal de Carcavelos, que tem tatuado na pele por ter sido o sítio onde nasceu e cresceu. Não foi, contudo, o único. Ao que parece, frequenta a casa de Eduardo desde que se lembra, isto é, provavelmente há mais de 40 anos (o artista tem 46). Foi, aliás, à mesa que acordou homenagear o restaurante e o seu fundador com um mural.

Mário Belém estava a jantar com um grupo de amigos quando o convite surgiu, feito por Ricardo Santos. Também conhecido como “Ricardo das Conquilhas”, é filho do senhor Eduardo e trabalha desde os oito anos sob a batuta do pai, que lhe ensinou que ali “é para o avô e para o neto e também prá senhorita”, como se lê no mural recheado de memórias. Do retrato do senhor Eduardo, passando pela data de fundação (“desde 1965 com vocês, um grande bem haja), até ao exclusivo vinho verde (“como o nosso verde não há igual”), não faltam razões para visitar o local onde há “marisco fresquíssimo, de qualidade superior”, como se assevera na parede – e na Parede.

“A senhora deu a ideia de criarmos uma especialidade aqui, que era as conquilhas. E eu todos os dias ia ao mercado da Ribeira buscar dois quilinhos de conquilhas, depois três, com umas alcofas nas mãos. Durante nove anos eu apanhava aqui o comboio das seis e meia para ir às compras e, depois, como já tinha carro, durante 27 anos, fui com o carrinho”, diz Eduardo, que assim conta como nasceu a lenda.

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