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Martim Moniz: novas soluções continuam a não agradar

Escrito por
Tiago Neto
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Em comunicado enviado às redacções, a Junta de Freguesia de Santa Maria Maior reitera o descontentamento face às novas soluções apresentadas pelo promotor mas abre espaço ao diálogo.

Um dia depois da apresentação da nova proposta para o projecto da Praça do Martim Moniz, a Moonbrigade Lda e a Junta de Freguesia continuam em desacordo. Em comunicado oficial, Miguel Coelho, autarca de Santa Maria Maior, considera as alterações “insatisfatórias” e diz não corresponderem “às exigências e necessidades da população”. 

Da nova proposta, apresentada quinta-feira, já não consta a vedação em redor do recinto. Além disso, passa a existir uma mancha verde de maior dimensão, aumenta o número de bancos, mesas e cadeiras e os contentores que darão corpo ao mercado, com lojas e serviços, serão revestidos com outros materiais. A mudança no projecto surge depois das exigências feitas pelos moradores da zona na sessão de apresentação do projecto inicialEsta sexta-feira, a Junta volta a lembrar as reivindicações feitas.

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Miguel Coelho destaca ainda a actual situação do espaço, no que diz respeito ao ruído, à insegurança, à pobre apresentação e à falta de funcionalidade. Segundo o presidente da Junta, “o licenciamento do horário alargado [além das 22h] não respeita o direito ao descanso das famílias e propicia actividades indesejadas”. O autarca aborda também a questão do parque infantil previsto no projecto, “cuja data de construção é desconhecida e que por ora não passa de uma intenção não contemplada”.

Na nota enviada, lê-se ainda que “(...) tendo em consideração as imagens divulgadas, o espaço continua ocupado por contentores, embora com um aspecto diferente do original, e continua a haver uma sobreposição em altura, o que coloca mais um problema de obstáculos verticais ao bairro da Mouraria, já emparedado pelos centros comerciais". 

O documento termina com o reforço de que este não é projecto que serve a população. “Não tendo sido possível, por razões jurídicas, anular a concessão", a Junta de Freguesia de Santa Maria Maior continua a mostrar disponibilidade para – em conjunto com a Câmara Municipal de Lisboa e o promotor – “encontrar a melhor forma possível de assegurar o direito à qualidade de vida dos residentes.”

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