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A Autoridade da Concorrência (AdC) anunciou, esta quinta-feira, 21 de Novembro, que não se vai opor ao negócio da Live Nation para adquirir a Arena Atlântico, proprietária da MEO Arena, assim como a Ritmos & Blues, histórica promotora portuguesa responsável, por exemplo, pelos recentes concertos em Lisboa de Madonna, Olivia Rodrigo ou Blink-182, ou ainda pelos de Bryan Adams esta semana.
No entanto, o regular alerta que a operação está sujeita a compromissos, nomeadamente, uma redução imediata dos preços de acesso aos espectáculos e o seu congelamento durante cinco anos. “Esta decisão foi possível, após a Live Nation propor compromissos para resolver as preocupações jusconcorrenciais identificadas pela AdC na sua investigação”, pode ler-se no comunicado divulgado online.
A AdC, que sublinha ter tomado esta decisão após uma profunda investigação, reforçou que pretende manter “uma política comercial de utilização da MEO Arena aberta, transparente e não discriminatória” através dos compromissos acima citados.
Para responder a estas preocupações, a Live Nation e a Ritmos & Blues terão uma quota de utilização máxima da MEO Arena. Desta forma, não conseguirão impedir os concorrentes de usufruir do recinto. Além disso, terão de simplificar a política de reservas daquela sala.
A Live Nation, sediada nos Estados Unidos, é uma das maiores empresas de entretenimento do mundo. Os seus principais focos são a promoção de eventos, propriedade e exploração de espaços, fornecimento de serviços de bilheteira ou fornecimento de serviços de agenciamento de artistas. Em Portugal, estão presentes através do Rock in Rio Lisboa e tem uma participação no Rolling Loud, através da sua subsidiária Better World Comunicação, Publicidade e Entretenimento S.A.
Os concorrentes da Ritmos & Blues e da Live Nation – como a Everything is New, promotora de Álvaro Covões – tem apresentado preocupações relativamente a uma eventual limitação no agendamento de eventos na MEO Arena, a maior sala de espectáculos de Portugal, e por a Blueticket estar incluída na compra.
A Live Nation é uma empresa que não é estranha a controvérsias. Várias bandas e artistas, ao longo dos anos, têm se manifestado contra a sua forma de actuação, como são os casos de Pearl Jam ou The Cure. Em Maio deste ano, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos abriu mesmo um processo contra a Ticketmaster e a sua empresa-mãe, a Live Nation Entertainment. Estas empresas são acusadas de gerir um monopólio ilegal sobre os eventos ao vivo na América – reprimindo a concorrência e aumentando os preços para os fãs.
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