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MFA, Lisboa – Lisboa, MFA. A fotografia toma a cidade numa invasão amigável

A Mostra de Fotografia e Autores traz à capital 20 exposições de e em torno da fotografia. O quartel-general é nos Jardins do Bombarda.

Helena Galvão Soares
Jornalista
Retrospectiva “O Lopes”
Carlos LopesRetrospectiva “O Lopes"
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Este sábado, 2 de Novembro, a Mostra de Fotografia e Autores – MFA Lisboa inaugura cinco exposições, às 12.00, no Mercado de Arroios, e mais quatro, às 15.00, nos Jardins do Bombarda, acompanhadas de um mercado de fotografia (com livros e equipamento) e da performance Amor a Tempo, de Beatriz Pereira e Merai. 

A Mostra de Fotografia e Autores – MFA Lisboa está de volta para uma segunda edição, que se estende pelos meses de Novembro e Dezembro, depois de ter andado também pelo Porto e por Faro. São dez os espaços culturais da cidade que vão acolher duas dezenas de exposições, de fotógrafos consagrados e emergentes, mas o centro nevrálgico serão os Jardins do Bombarda, no quadro da parceria com a cooperativa Largo Residências, que o ano passado já se traduziu em nove exposições no Quartel do Largo do Cabeço da Bola.

A mostra é organizada pela associação CC11 e tem por tema "Nós", com enfoque em projectos fotográficos que abordem a noção de ligação, pertença e comunidade. Além das exposições, a MFA Lisboa organiza encontros com autores, debates e projecções que promovem uma reflexão artística sobre as diversas facetas do tema. 

Bailarino Valentim de Barros
Col. Estúdio Mário Novais I Biblioteca de Arte GulbenkianBailarino Valentim de Barros

É nos Jardins do Bombarda que tudo começa, este sábado, com quatro exposições que podem ser vistas até 7 de Dezembro (Ter-Dom 10.00-00.00), duas delas com ligação umbilical ao espaço: “Casulo”, de Vitorino Coragem, que documenta a transformação de parte do Hospital Miguel Bombarda no actual centro cultural e comunitário Jardins do Bombarda; e “Bailarino Valentim de Barros”, uma exposição-homenagem a este artista que viveu 40 anos encarcerado neste hospital psiquiátrico por ser homossexual. "Agenda 2030" é uma exposição colectiva com 30 imagens de 19 fotógrafos sobre os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável definidos pelas Nações Unidas, e “Menos que Nada Não É Igual a Tudo”, de João Mariano, mostra os bastidores dos projectos artísticos e culturais da cooperativa Lavrar o Mar.

Não muito longe, no Mercado de Arroios (2-30 Nov, Seg-Sáb 10.00-14.00), cinco exposições: “Ponto de Chegada”, de André Rodrigues, sobre a vida dos imigrantes na agricultura intensiva do litoral alentejano; e quatro exposições resultantes de residências artísticas no Algarve: “Filhos do Sol - A Busca do Idílico”, de Augusto Brázio, sobre o turista algarvio na sua bolha de ilusória felicidade; “Paraíso”, de Lara Jacinto, sobre a vida dos migrantes na indústria do turismo algarvio, “Prospectus”, de Paulo Catrica, sobre paisagem e arquitectura, e “Corações ao Alto”, de Valter Vinagre, sobre credos religiosos que coexistem pacificamente em Lagoa.

“Küss den Frosch”, de Polly Hummel
Polly Hummel“Küss den Frosch”

Ainda na freguesia de Arroios, na Galeria Anita Guerreiro (4-30 Nov, Seg-Sáb 10.00-20.00, Dom 12.00-20.00), “Küss den Frosch”, de Polly Hummel, sobre uma mulher que perdeu o cabelo, numa sociedade em que ele é um expoente da feminilidade, e na Biblioteca de São Lázaro (9 Nov-7 Dez, Seg-Sáb 11.00-13.00, 14.00-19.00), “Auto Retratos”, de Carola Cappellari, que usa o seu corpo para expressar processos mentais.

Na Faculdade de Belas-Artes (5-29 Nov, Seg-Sex 08.00-20.00, Sáb 08.00-17.00), oportunidade para ver “Na Hora da Verdade, Não Sabia Como Lê-las”, de Elisa Freitas, um projecto documental sobre um casal que se conhece durante a guerra colonial através de anúncio de jornal, e “And the Shape of Things Disappeared for a While”, de Joana Dionísio, numa viagem interior após a morte do pai.

“O Algarve de Asta e Luís de Almeida d’Eça”
Almeida d'Eça“O Algarve de Asta e Luís de Almeida d’Eça”

Na Escola Superior de Comunicação Social (6 Nov-20 Dez, Seg-Sex 08.20.00, Sáb 09.00-18.00), pessoas e paisagem na “Margem Sul”, de Luís Ramos. Na Biblioteca de Alcântara (7 Nov-6 Dez, Ter-Sex 10.00-18.00), “Imagem Foto Corpo Lugar”, de Lucília Monteiro, projecto baseado no arquivo fotográfico de José de Sousa Monteiro, de 1955 a 1966. No Mercado de Campo de Ourique (8 Nov-8 Dez, Seg-Dom 10.00-20.00), o Algarve em foco, em duas exposições: “O Algarve de Asta e Luís de Almeida d’Eça”, mostra do arquivo deste casal que se distinguiu pela fotografia de promoção turística da região nos anos 1960 a 1980, e “Murcado da Balbúrdia”, de Vasco Célio, sobre o Carnaval de Alte. Na ETIC (13 Nov-17 Dez, Seg-Sex 10.00-20.00), duas exposições: “Beautiful Disasters”, de Hugo David, um projecto sobre o mundo do skate, e “Cor”, uma colectiva de alunos da ETIC. Por último, já no fim de Novembro, na Casa da Imprensa (28 Nov-10 Jan, Seg-Sex 10.00-18.00), “O Lopes”, uma retrospectiva do trabalho do fotojornalista Carlos Lopes.

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