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Miguel Rocha Vieira muda-se para Lisboa para abrir projecto com restaurante e quiosques

O chef que conquistou três estrelas Michelin quer “fazer uma coisa divertida e descomplicada” na Doca da Marinha, em frente ao Campo das Cebolas.

Cláudia Lima Carvalho
Editora de Comer & Beber, Time Out Lisboa
miguel rocha
Fotografia: Arlindo Camacho
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Já se sabia que o chef teria um restaurante por cá, mas esta semana Miguel Rocha Vieira levantou o véu numa entrevista à RTP. “Vai ser fantástico”, contou, revelando que o projecto que tem em mãos não inclui apenas um restaurante, mas também três quiosques, todos na zona ribeirinha, no Terminal de Cruzeiros. 

“O restaurante vai acabar por ser o ponta de lança deste projecto todo, mas vai ser mais do que isso. É uma área enorme com três quiosques e espaço para exploração de eventos”, disse Miguel Rocha Vieira esta quarta-feira na Grande Entrevista, adiantando que está tudo a ser feito com o Turismo de Lisboa e a Câmara Municipal de Lisboa. “O grande objectivo aqui será dinamizar uma área nova em Lisboa”, continuou, apontando “finais de Setembro” como a data de abertura. 

Para trás ficou Budapeste, na Hungria, onde conquistou duas estrelas Michelin, à frente das cozinhas do Costes e do Costes Downtown. “Cheguei a Lisboa de malas e bagagens. Foram 13 anos, foram muitas alegrias, mas agora o foco está em Lisboa”, garantiu o chef, que também já tinha conquistado uma estrela na Fortaleza do Guincho, onde esteve entre 2015 e 2018.

Sobre o novo projecto, Miguel Rocha Vieira confessou que quer “fazer uma coisa divertida, descomplicada” com um preço médio de “60 e poucos euros” por pessoa. Já nos quiosques a experiência poderá ser outra, sendo o chef o responsável de Food and Beverage (comida e bebida) de todos os espaços. 

Muito crítico em relação ao Guia Michelin – “Cada vez que sai um guia percebo menos das coisas, acho que metem os pés pelas mãos, fazem coisas que não tem sentido nenhum” –, Miguel Rocha Vieira não desenvolveu a ideia que tem para a cozinha deste projecto. “Quero pôr as mãos na massa e fazer o que realmente me fez escolher esta profissão, quero reinventar-me.”

Porém, fez questão de dizer que quer “que aos poucos as pessoas se esqueçam que está o Miguel na cozinha”. “Vamos esquecer os chefs de cozinha, já tiveram os seus anos dourados, agora vamos dar valor a quem também merece, os colegas de sala. Se não os cuidarmos vai deixar de haver restaurantes por falta de mão de obra”, apontou, frisando que no restaurante que está a ganhar forma estas pessoas vão fazer mais do que servir um prato. “Quero valorizar isto, quero uma interacção maior.”

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