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O MIL foi uma das vítimas da covid-19. A edição do ano passado, a mais ambiciosa de sempre, foi cancelada logo no início da pandemia, e eventualmente substituída por algumas actividades online. E este ano ainda não pode realizar-se no seu poiso habitual, o Cais do Sodré, cujos bares continuam fechados. Mas a organização não desiste, e o festival que também é uma conferência vai mesmo regressar, ao vivo, entre 15 e 17 de Setembro, no Hub Criativo do Beato.
Os moldes e objectivos do festival e convenção lisboeta mantêm-se inalterados. Durante o dia, através de encontros, debates e workshops, estabelecem-se pontes entre os sectores musicais de Portugal, da Europa e da América do Sul, sobretudo do Brasil, e pensa-se sobre o futuro das indústrias culturais, algo que se tornou ainda mais urgente na sequência da actual crise social e sanitária. À noite, o MIL vira festival e dá a conhecer a música nova que brota de várias geografias.
Vão ouvir-se 50 concertos durante os três dias do festival. No meio de tantos nomes, vale a pena descobrir Carla Prata, artista luso-angolana residente em Londres que faz a sua estreia nacional; Naima Bock, a baixista da banda de pós-punk londrina Goat Girl; Queralt Lahoz, cantora espanhola de uma música urbana enformada pelo trap, o flamenco, r&b e a copla; o duo anti-rock Faux Real; ou Tristany, rapper e artista da Linha de Sintra que tem gerado burburinho considerável desde a edição do álbum Meia Riba Kalxa, no ano passado.
Não chega? Sem nada a provar, encontramos também no cartaz gente boa e com os seus créditos firmados, como os sempre surpreendentes Gala Drop; a cantora e compositora Maria Reis, das Pega Monstro, que ainda há uns meses ouvimos ao lado de Panda Bear no EP A Flor da Urtiga; MURAIS, membro dos Linda Martini e dos PAUS, que devia ter apresentado o seu álbum de estreia homónimo na edição do ano passado; e ainda Cabrita, saxofonista de meio mundo, agora lançado a solo.
O programa das conferências e os horários das actuações ainda não foram anunciados, mas os ingressos para o MIL já se encontram à venda no site oficial, onde é possível saber tudo sobre esta edição. O bilhete PRO é o mais caro, dando acesso aos concertos, à convenção e a uma base de dados profissionais por 70€; o bilhete de estudante, por metade do preço, abre as mesmas portas, mas não inclui a base de dados. Para quem só quer ouvir música, o passe de três dias custa 25€.
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