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Monsanto vai ter um parque hortícola, com pomar e miradouro

Até ao final do ano, abre ao público mais um espaço verde da cidade, desta vez em pleno Parque Florestal de Monsanto, numa encosta que estava “despida”.

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
Jornalista
Parque Florestal de Monsanto
Fotografia: Manuel Botelho/ Domínio PúblicoParque Florestal de Monsanto
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No próximo dia 15 de Março serão plantadas as primeiras fruteiras no futuro pomar de Monsanto, dando o pontapé de saída para a criação do primeiro parque hortícola de Monsanto, o pulmão verde da cidade que também vai ganhar um novo miradouro.

É numa encosta “ainda despida”, explica a Câmara Municipal de Lisboa (CML), que até ao final do ano ficará concluído um pomar em socalcos. Os visitantes poderão conhecer de perto este pomar a partir de um novo miradouro com vista sobre a encosta e sobre a cidade, fruto de um protocolo celebrado entre a CML e a Direção-Geral dos Serviços Prisionais (DGSP), a proprietária destes terrenos junto ao Estabelecimento Prisional de Monsanto. A circulação far-se-á por trilhos ligeiros e os visitantes terão acesso a “áreas de prado e olival”.

No pomar serão plantadas 656 árvores de fruto, como limoeiros, tangerineiras, macieiras, figueiras, pessegueiros ou pereiras – um projecto que prevê um investimento municipal de 50 mil euros e que também prevê a reabilitação de um olival e de um amendoal.

parque hortícola
©DRPlanta com as fases do projecto


Além de promover a estrutura verde da cidade, esta parceria entre a CML e a DGSP prevê que a gestão agrícola do novo parque passe pela comunidade prisional “em fase final de cumprimento de penas, que já tenha realizado reaproximação ao meio livre, quer por terem beneficiado de licenças de saída jurisdicionais, saídas de curta duração e cumprindo pena em regime aberto com vigilância descontínua”, lê-se no comunicado da CML que defende esta actividade por converter “o tempo da pena privativa de liberdade em factor de formação e de criação de hábitos vinculativos de trabalho”.

A CML avança ainda que parte dos produtos do pomar será vendida, enquanto que outra parte será doada.

Esta primeira fase vai também incluir a criação de uma área de 10 000 m2 para cultivo hortícola que será dividida em talhões a atribuir à população da cidade e que se irão juntar aos mais de 800 talhões distribuídos pelos 20 Parques Hortícolas Municipais.

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