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O Oceanário de Lisboa anunciou esta quinta-feira, nas redes sociais, que perdeu um dos seus habitantes. A lontra Micas morreu aos 20 anos, de “um processo natural e esperado, tendo em conta a sua avançada idade”.
Filha das lontras Amália e Eusébio, que faleceram em 2010 e 2013, respectivamente, e irmã da lontra Maré, que morreu no ano passado, a Micas não só era a lontra mais velha da Europa como uma das mais velhas do mundo. Na natureza, a esperança média de vida da espécie é de 15 a 20 anos, pelo que a morte em idade já considerada sénior é, segundo o Oceanário, “prova da entrega, rigor e conhecimento técnico da equipa que cuida diariamente destes animais”.
“No habitat do Pacífico, ficam agora os machos juvenis Odi e Kasi, duas lontras-marinhas que foram resgatadas pelo Alaska Sea Life Center muito debilitadas”, lê-se na publicação partilhada no Facebook pelo Oceanário de Lisboa, que as acolheu em 2018. “Juntos, prosseguem a missão de serem embaixadores do oceano, sensibilizando os visitantes para a preservação da sua espécie.”
Considerada em “Perigo” pela IUCN – União Internacional para a Conservação da Natureza, a lontra é actualmente uma espécie protegida nos EUA e no Canadá, onde já se conseguiram reintroduzir na natureza vários indivíduos. Além de ser o mamífero mais pequeno e o mais recente no oceano, onde vive há apenas cerca de cinco milhões de anos, é o único mamífero marinho que ainda apresenta características de animais terrestres: patas dianteiras como o cão, dentição de carnívoro, orelhas e até sobrancelhas.
Oceanário de Lisboa, Esplanada Dom Carlos I (Parque das Nações). Até 31 de Janeiro: Seg-Sex 13€.
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