Notícias

Morreu a poetisa Adília Lopes. Tinha 64 anos e quatro décadas de obra publicada

Adília Lopes, pseudónimo de Maria José da Silva Viana Fidalgo de Oliveira, morreu esta segunda-feira, 30 de Dezembro, em Lisboa. Tinha 64 anos e 40 de produção literária.

Mauro Gonçalves
Escrito por
Mauro Gonçalves
Editor Executivo, Time Out Lisboa
Adília Lopes
Lounge/divulgação | |
Publicidade

Morreu na última segunda-feira, 30 de Dezembro, no Hospital de São José, a poetisa Adília Lopes – pseudónimo literário de Maria José da Silva Viana Fidalgo de Oliveira –, de acordo com a notícia avançada pelo jornal Público. Tinha 64 anos e somava quatro décadas de produção literária.

Nascida em Lisboa, em 1960, foi em 1984 que publicou os primeiros poemas, submetidos à Assírio & Alvim e depois seleccionados pela editora para o seu Anuário de Poetas não Publicados. Seria o início de uma longeva e profícua carreira como poetisa, com dezenas de títulos publicados, entre eles os livros O Poeta de Pondichéry (1986), Irmã Barata, Irmã Batata (2000), Manhã (2015), Bandolim (2016), Estar em Casa (2018), Dias e Dias (2020) e Choupos (2023).

O último deles foi Dobra, editado já em 2024, que reúne poemas de 40 anos de produção literária, mas também alguns inéditos.

Adília Lopes começou por frequentar a licenciatura em Física, na Universidade de Lisboa, curso que acabaria por abandonar já perto do seu término. Trocou os cálculos exactos pelas cadeiras de Literatura e Linguística Portuguesa e Francesa, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Um Jogo Bastante Perigoso, o seu primeiro livro de poesia publicado, surge ainda nesta fase, em 1985.

Além dos livros, Adília Lopes colaborou com jornais e revistas nacionais e internacionais, onde assinou poemas, artigos e poemas traduzidos, como assinala a editora Assírio & Alvim numa nota bibliográfica.

Em 1999, vê alguns dos seus textos transpostos para o teatro com o espectáculo A Birra da Viva, da companhia Sensurround, de Lúcia Sigalho. Um ano depois, editado Obra, conjunto de poemas reunidos, acompanhados por ilustrações de Paula Rego.

🏃 O último é um ovo podre: cruze a meta no Facebook, no Instagram e no Whatsapp

Últimas notícias
    Publicidade