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Do cinema experimental ao cinema surreal, e com uma passagem muito bem-sucedida pela televisão com a série Twin Peaks, o cineasta norte-americano David Lynch estabeleceu-se na indústria com um cunho muito próprio. Morreu esta quinta-feira, aos 78 anos, anunciou a sua família nas redes sociais.
“É com profundo pesar que nós, a sua família, anunciamos a morte do homem e do artista David Lynch. Agradecemos a compreensão pela nossa privacidade neste momento. Há agora um grande vazio no mundo com a sua ausência. Mas, como ele diria: ‘Mantém o olho no donut e não no buraco.’ É um belo dia, com um sol dourado e céus azuis de uma ponta à outra do horizonte”, lê-se numa publicação da página de Facebook de Lynch.
Realizador, argumentista e produtor, David Lynch conseguiu popularizar um cinema que poderia ser considerado de difícil digestão. Mas tornou-se um dos incontornáveis da sua geração, graças a uma carreira composta por alguns dos mais surreais títulos a alcançar o sucesso. O seu talento como realizador valeu-lhe nomeações aos Óscares por Veludo Azul (1987), Mulholland Drive (2001) e mais uma como um dos argumentistas de O Homem Elefante (1981), filme que também realizou.
No conjunto da sua obra, destaca-se ainda Eraserhead (que em Portugal foi baptizado de No Céu Tudo É Perfeito), filme de 1977 sobre um homem que enfrenta o pesadelo de cuidar de um bebé mutante, enquanto lida com bizarras visões. Com Mark Frost criou uma das séries de culto da televisão norte-americana: Twin Peaks (1989-1991), um mistério policial em torno da morte de uma jovem chamada Laura Palmer, que teve direito a duas temporadas. Mas continuou, primeiro com Twin Peaks: Os Últimos Sete Dias de Laura Palmer (1992), filme que funciona como prequela da série e, mais recentemente, com Twin Peaks: O Retorno (2017). As séries estão hoje no streaming da SkyShowtime.
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