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Mostra de Almada: do fascismo no TikTok às prostitutas nos campos de ténis

Ao longo de Novembro, a 28.ª Mostra de Almada apresenta peças de teatro em vários locais do concelho. Há ainda um documentário sobre Luis Miguel Cintra.

Beatriz Magalhães
Escrito por
Beatriz Magalhães
Jornalista
Deus Pátria e TikTok
© Fabrice ZieglerDeus Pátria e TikTok
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Entre 1 e 30 de Novembro, a Mostra de Almada vai percorrer vários espaços do concelho com 19 criações artísticas. O teatro é o mote principal, mas a mostra conta ainda com oficinas, encontros e a exibição de Verdade ou Consequência?, documentário de Sofia Marques com Luis Miguel Cintra.

Durante um mês, o festival almadense procura promover e divulgar o teatro e as artes performativas e, para isso, há para apresentar trabalhos desenvolvidos por 19 grupos de teatro. Na sexta-feira, dia 1, A Balada do que poderia ter sido arranca a programação. Encenada por Joana Sabala, a partir de textos escritos em conjunto por 11 autores, esta ficção distópica imagina o que aconteceria a dez desconhecidos que são forçados a viver juntos, depois de milhões de pessoas se manifestaram não só contra a Lei da Habitação Comunitária Obrigatória, mas também contra o anunciado corte de Internet em Portugal. É apresentada no Auditório Fernando Lopes-Graça. 

No Auditório Costa da Caparica, Bárbara Soares e Marco Ferreira protagonizam Deus Pátria e TikTok. Nesta conferência à moda antiga, dois palestrantes mostram-nos como não houve fascismo em Portugal e como há uma necessidade de promover o ser português. Isto com a ajuda do TikTok. Para ver a 8 de Novembro. Nesse dia e no dia seguinte, Marina Nabais dá a conhecer Com os Pés. Co-criada e interpretada por Ricardo Machado, a performance procura explorar a liberdade individual e colectiva em relação à natureza. Tem lugar marcado no Auditório Fernando Lopes-Graça. 

No dia 13, o Teatro Municipal Joaquim Benite recebe O dia em que todas as putas foram jogar ténis, encenada por Luzia Paramés, a partir do texto do americano Arthur Kopit. Um grupo de prostitutas invade os campos de ténis de um clube exclusivo, mas os responsáveis não conseguem chegar a acordo de como resolver a situação. Paramés também assina a encenação de O Jarrão Chinês. No Auditório Fernando Lopes-Graça, a 16 de Novembro, uma troca de nomes no anúncio de uma morte acaba numa comédia em que os interesses obscuros dos intervenientes são revelados. 

De volta ao Teatro Municipal Joaquim Benite, podemos ver Parábola, apresentada, este ano, no festival de teatro universitário FATALO NNT – Novo Núcleo de Teatro, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova, propõe parábolas em que o comportamento dos intérpretes é explorado em coreografias que se reorganizam em torno de um objecto de desejo. É encenada por Sandra Hung, nos dias 20 e 21. A 23 e 24, Tullidos parte de uma obra de Samuel Beckett para contar a história de uma criança que é entregue a uma família e que acaba por ser vista como os olhos e as pernas do filho que é cego e está numa cadeira de rodas. A peça é apresentada no Auditório Fernando Lopes-Graça.

Verdade ou Consequência?, documentário realizado por Sofia Marques e que se centra na vida de Luis Miguel Cintra, é exibido também no Auditório Fernando Lopes-Graça, no dia 27 de Novembro. No final da sessão, a realizadora está presente para uma conversa.

Toda a programação, bem como a informação acerca dos bilhetes, está disponível no site da Câmara Municipal de Almada.

Vários locais (Almada). 1-30 Nov. Vários horários. 1,50€-8€

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