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O MUDE – Museu do Design e da Moda, na Rua Augusta, fechou para obras em 2016. Oito anos depois, a reabertura, que era para ter acontecido no final de 2023, está agora marcada para o próximo dia 25 de Julho, a partir das 19.30, com a inauguração da mostra “Edifício em Exposição”, que convida a conhecer a arquitectura, evolução e intervenções realizadas no museu. O anúncio foi feito na edição de Julho/Agosto da revista cultural da Câmara Municipal de Lisboa (CML), disponível online, e foi primeiro noticiado pelo Observador.
O MUDE inaugurou em 2009, na antiga sede do Banco Nacional Ultramarino, a partir da colecção de moda e design de Francisco Capelo, que a vendeu em 2003 à autarquia, por cerca de 6,6 milhões de euros. Quando fechou em 2016, o objectivo era fazer obras de requalificação em todo o edifício, com vista a melhorar e alargar o projecto museológico. Mas as obras, previstas durar cerca de 18 meses, foram interrompidas em 2018, com a insolvência da Soares da Costa, a construtora responsável pelo projecto, e o museu foi forçado a mudar-se para “fora de portas”, com um calendário de actividades um pouco por toda a cidade. Só três anos depois, em 2021, é que as obras retomaram, com a Teixeira Duarte, vencedora do concurso público entretanto aberto para concluir a empreitada, com um prazo de conclusão dos trabalhos de dois anos.
Às 12 mil peças que constavam do inventário do museu antes do fecho para obras, juntaram-se mais de mil novas peças, nomeadamente da colecção do antigo Teatro da Cornucópia, que cessou actividade em 2016, e da cenógrafa Cristina Reis. Agora, reabertura marcada, a autarquia convida-nos antecipadamente a percorrer todo o edifício antes que a programação cultural e expositiva ocupe o seu interior. A partir de 25 de Julho e até Setembro, “Edifício em Exposição” permite conhecer a arquitectura, evolução e intervenções realizadas na perspectiva do design, numa viagem através de várias épocas materializadas nos diferentes interiores, sistemas de construção e revestimento. Segue-se a inauguração da exposição de longa duração no piso 3, com peças do acervo, iniciando-se pouco depois a programação das exposições temporárias nos pisos 1, 2 e 4. “No futuro, haverá também uma área de reservas visitáveis, dedicada sobretudo ao design gráfico no piso 4”, lê-se na revista da CML.
Entre as intervenções realizadas, destaca-se o reforço estrutural, que garante capacidade anti-sísmica, e a valorização dos materiais pré-existentes, nomeadamente tijolo, betão e pedra, bem como das diferentes técnicas de construção aplicadas. A intenção foi, explica a mesma nota, “transformar o edifício num testemunho vivo de design, arquitectura e engenharia”. É também por isso que as galerias para as exposições não vão ter quaisquer divisórias ou revestimentos e os interiores vão ser alterados a cada nova exposição. Além disso, está também prevista a abertura de novos espaços, como uma biblioteca especializada em design, incrementada durante os últimos dez anos, e que integra o Centro de Documentação e Informação do MUDE.
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