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Como ditam as normas de desconfinamento, o Museu da Fundação Calouste Gulbenkian volta a abrir portas a 18 de Maio. No entanto, a celebração do Dia Internacional dos Museus mantém-se online com exposições, performances, visitas e conversas. Arranca dois dias antes.
O Edifício da Colecção do Fundador do Museu Gulbenkian reabre finalmente na segunda-feira, dia 18, para visitas do público que, além da permanente, pode ainda deitar o olho à exposição temporária “A Idade de Ouro do Mobiliário Francês”. Mas, para cumprir as regras de distanciamento social impostas pelas autoridades de saúde, haverá limitação no número de entradas.
O Dia Internacional dos Museus, que é assinalado precisamente no dia da reabertura, sob o tema "Museus para a Igualdade: Diversidade e Inclusão", terá no entanto uma festa a acontecer virtualmente, dividida por três dias, de 16 a 18 de Maio.
Logo no sábado, 16, o programa arranca com uma exposição participativa virtual, intitulada “Curador por um Dia” (11.00), que é uma mostra resultante das obras escolhidas pelo público através de um desafio lançado nas redes sociais. Depois, às 11.30, vários colaboradores do museu dão o seu depoimento, via stories do Instagram, sobre obras das Colecções Gulbenkian na iniciativa “Uma obra para deixar o sol entrar”.
No domingo, 17, o dia começa com um conto de tradição persa, às 11.00, para ser ouvido em família. O Leão e a Lebre será narrado por Rahman Haghighi e pela sua filha, em farsi e em português, a partir de um livro da colecção islâmica de Calouste Gulbenkian, e terá transmissão no Youtube e no Facebook. Às 11.30, repete-se a actividade “Uma obra para deixar o sol entrar”.
O dia da efeméride será mais preenchido com programação nocturna. Na segunda, 18, o arranque das celebrações acontecerá com a reabertura do museu, às 10.00, pouco antes da visita de boas-vindas às 11.00, guiada por Penelope Curtis, directora do Museu Gulbenkian, com transmissão em directo no Facebook e no Youtube. Às 11.30, os colaboradores do museu voltam à carga nas stories com “Uma obra para deixar o sol entrar”.
Ao longo do dia haverá várias mesas redondas do ciclo de conversas Quantos museus há num museu?. A primeira será às 11.30 com o tema "Quantas vozes tem um museu?", com a curadora Jessica Hallett a reunir-se com Diana Pereira, Farhad Kazemi e Shahd Wadi, todos eles envolvidos no projecto O Poder da Palavra, uma iniciativa que pensa os museus como espaços de múltiplas leituras, convocando a comunidade local para investigar obras do Médio Oriente.
Depois de uma pausa para almoço, Penelope Curtis junta-se às 15.00 a Manuel Fontán del Junco (director da Fundación Juan March, em Espanha) e Katarina Pierre (directora do Bildmuseet da Umeå University, na Suécia) para responderem à questão "E agora que as portas reabrem?". A conversa será moderada por Maria Vlachou (Acesso Cultura) e vão debater-se os desafios que os museus enfrentam nesta altura.
O ciclo encerra às 18.00 com uma conversa com os artistas Ângela Ferreira, Hugo Canoilas e Mariana Silva e a curadora Rita Fabiana, que debatem "Tempos certos e tempos incertos: que museu para um tempo de incerteza?". As conversas são transmitidas em directo no Facebook e no Youtube, e têm a possibilidade de participação do público através de comentários. A partir das 16.30, o Facebook da Fundação será palco de alguns momentos de música e performance (em diferido, claro) que aconteceram nas galerias.
Para fechar as celebrações, haverá às 21.30 uma visita fora de horas, com uma selecção de obras dos curadores João Carvalho Dias e Ana Vasconcelos, que também será transmitida no Facebook e no Youtube.
Os jardins Gulbenkian foram entretanto estão abertos, ainda que a Fundação apele a que se mantenha a distância social recomendada. Outro entrave à livre circulação está na ala que alberga a Colecção Moderna. Esta não poderá ser visitada para já, uma vez que foi antecipado o seu encerramento para as obras de remodelação que vão permitir abrir aceder por ali ao novo Jardim Gulbenkian.
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