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Música, cinema e literatura. Jardim de Verão regressa no próximo sábado

Durante três fins-de-semana, a Gulbenkian abre o jardim a mais uma celebração de sons e ritmos de várias culturas. Dino D’Santiago volta a assumir a curadoria musical, numa edição que conta também com conversas e cinema.

Mauro Gonçalves
Escrito por
Mauro Gonçalves
Editor Executivo, Time Out Lisboa
Jardim de Verão, Gulbenkian
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É um dos programas lisboetas que marca a chegada oficial da estação quente. Com arranque marcado para 22 de Junho, o Jardim de Verão da Gulbenkian ocupa três fins-de-semana com concertos, DJ sets, um ciclo de cinema e um programa de conversas em torno da literatura e da performance. A entrada, como já é hábito, volta a ser gratuita, num evento que existe para celebrar a diversidade cultural que cabe num único jardim.

À semelhança das últimas edições Dino D'Santiago volta a ser o curador do alinhamento musical. "Este ano, o convite é para que atravessemos o Jardim e adentremos no edifício, com o espírito contagiante e vibrante, fruto dos vários pontos de encontro e de reconhecimento, dançando e celebrando esta cada vez menos utópica Nova Lisboa, que ressignifica a sua História numa Gulbenkian que é minha, tua, nossa casa!", lê-se numa nota deixada pelo músico de ascendência cabo-verdiana, no site da Gulbenkian.

Seis dias de música

A 22 de Junho, dia em que arranca mais uma edição do Jardim de Verão, Soluna é a cabeça de cartaz, esperada num concerto no Anfiteatro ao Ar Livre, pelas 19.00. Antes disso, Kimi Djabaté e a sua fusão de diferentes estilos são esperados às 17.00. Pelo meio, Sandra Baldé, mais conhecida como Umafricana põe a Gulbenkian a mexer com um DJ set. Regressa, depois, a 29 de Junho e 7 de Julho para repetir a dose.

Soluna
DRSoluna

Do domingo, 23 de Junho, o trompete e a voz de Jéssica Pina são os primeiros a ecoar pelo jardim. Indi Mateta, artista multidisciplinar, aquece os ânimos, com regresso marcado nos dias 30 de Junho 3 6 de Julho. Às 19.00, é Japa System a fechar o primeiro fim-de-semana de concertos ao ar livre, com um espectáculo de percussão que junta instrumentos electrónicos e orgânicos.

A 29 de Junho, sábado, Assa Matusse estreia no Jardim de Verão com um concerto no Grande Auditório. Espera-se um final de tarde musicado pelo changana e pelos ritmos tradicionais moçambicanos. Duas horas depois, todas as atenções voltam a estar no jardim, onde o português Luiz Caracol promete levar o público numa viagem por uma Lisboa multicultural, marcada por referências portuguesas, brasileiras, angolanas ou cabo-verdianas.

No dia 30 de Junho, João Caetano actua às 17.00 no Grande Auditório, abrindo caminho para um final de tarde ritmado no jardim, ao som do DJ e produtor cabo-verdiano Berlok, outro habitué do Jardim de Verão.

A 6 de Julho, é Carlos Alberto Sousa Mendes, mais conhecido como Princezito, a dar do tom do penúltimo dia de festival. No Grande Auditório, promete fazer jus ao título de embaixador da música de Cabo Verde no mundo. Mais tarde, no mesmo dia, há Dieg, outra estreia, que leva até ao jardim as novas sonoridades do mesmo país.

Leo Middea
© DRLeo Middea

O Jardim de Verão chega ao fim a 7 de Julho, dia em que a morna de Cremilda Medina começa por aquecer os ânimos, ainda no interior da Gulbenkian, e em que o músico brasileiro Leo Middea fecha com chave de ouro mais uma edição do festival.

O cinema e as conversas

O cinema faz parte do programa, este ano com curadoria de Maíra Zenum. Ao todo, serão três as sessões marcadas para os dias 22 e 29 de Junho e 6 de Julho, às 21.00, no Anfiteatro ao Ar Livre, com nove filmes de ficção, no âmbito do ciclo Africanidades e Suas Paisagens Humanas. No primeiro dia, cinco produções locais dos últimos cinco anos "mostram a diversidade do cinema negro realizado em Portugal". No segundo sábado, dois filmes da Mostra Internacional de Cinema na Cova – África e Suas Diásporas, de Flora Gomes e Welket Bungué, trazem os 50 do 25 de Abril, o centenário de Amílcar Cabral e as Lutas de Libertação em África para o centro da reflexão. O ciclo termina com dois filmes produzidos por pessoas da diáspora africana na Europa, "propondo uma reflexão sobre cinema, poder, poética, mulheres negras, política dos afectos e continuidades coloniais."

Kalaf Epalanga é o curador de um ciclo de conversas, que passará por territórios como a poesia, a literatura infantil, a escrita e a "arte de narrar histórias complexas". Sempre às 18.00, o programa conta com seis sessões e cerca de duas dezenas de convidados. Pode consultar a programação completa aqui.

Jardim Calouste Gulbenkian, Avenida de Berna, 45 A. 22-23 Jun, 29-30 Jun e 6-7 Jul. Entrada livre

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