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Os guardiões estão de volta, seis anos após o último filme desta trilogia saída do Universo Cinematográfico Marvel (UCM). O terceiro volume de Guardiões da Galáxia mantém o humor e a música das já famosas mixtapes do personagem principal, Peter Quill (Chris Pratt), mas é o mais comovente de todos. À terceira, esta saga comandada por James Gunn desde 2014 – que teve um especial de Natal pelo meio – pede lenços para limpar as lágrimas, ao levar-nos numa viagem ao passado de Rocket (Bradley Cooper), um guaxinim humanóide que não teve uma infância feliz.
“Eu senti-me muito bem com isto desde o início. Como se estivéssemos a fazer algo diferente. Senti que o mundo precisava de uma fantasia espacial diferente das que tínhamos visto antes. Então, fiquei muito agradavelmente surpreendido quando as minhas maiores esperanças se tornaram realidade. Mas, em termos da história que estávamos a contar nos três filmes, acho que tive uma espécie de ideia de como seria desde o começo”. As palavras são de James Gunn, numa conferência de imprensa virtual em que participou a Time Out, moderada por Nathan Fillion. Este último, actor de produções como Castle e Rookie, é também conhecido pela série de culto de ficção científica Firefly. Em Guardiões da Galáxia: Volume 3 faz uma participação especial como Master Karja.
Esta última peça, que faltava na anunciada e popular trilogia, é a história de Rocket, que conduz a narrativa. Quando o filme começa, este bando de desajustados está estabelecer a sua base de operações num lugar chamado Knowhere. Peter (ou Star-Lord) chora a perda de Gamora (Zoe Saldaña), mas tem de ganhar forças para reunir a equipa para mais uma perigosa missão: salvar a vida de Rocket, que está gravemente ferido. O filme mantém o sentido de humor das produções anteriores, mas baralha-nos as emoções com sentimentos menos felizes. Portanto, prepare-se para chorar a rir e chorar só a chorar. De regresso ao elenco estão ainda os protagonistas Vin Diesel (Groot), Michael Rooker (Yondu), Karen Gillian (Nebula), Dave Bautista (Drax), Pom Klementieff (Mantis) e Sean Gunn (Kraglin).
Sobre a evolução do grande herói desta aventura em três tempos, Chris Pratt, o relizador James Gunn faz a sua análise: "Ele não é o herói corajoso que conhecemos, não é o rapaz que estava sempre a dançar. Está perdido. No início ele estava a fugir da morte da mãe, mas fingiu ser um personagem baseado nos ícones da cultura pop da sua infância, no final dos anos 80. Depois encontrou-se com os Guardiões da Galáxia e, mais tarde, achou que se poderia encontrar ao descobrir quem era o pai... Ele está constantemente à procura de quem é e tinha-se encontrado no relacionamento com Gomora. E quando isso lhe é tirado, ele percebe que todas essas pessoas não eram o verdadeiro Peter Quill. E está triste”.
Grande parte da acção desenrola-se no espaço e em planetas imaginados e, por isso mesmo, há muito recurso a efeitos visuais gerados por computador (CGI). No entanto, a produção optou por incluir peças bem reais nas filmagens. “Os cenários são muito, muito grandes. Mas estamos no espaço sideral, certo? Então, é como se estivéssemos em lugares incrivelmente estranhos. Mas, quando se torna muito CGI, isso desequilibra um bocado. Então, gosto de filmar e de ter a equipa e o elenco no próprio local. Acho que fica bem no ecrã fazer o possível com efeitos reais”, defende James Gunn.
E há um certo tom em Guardiões da Galáxia que o distingue das restantes produções do UCM. O produtor Kevin Feige sente que esta trilogia é mesmo diferente e explica porquê. “Os Guardiões foram realmente o primeiro filme completamente fora da narrativa central [Feije usa a expressão “realm”]. Tem uma ligação à [a história de] Thanos, mas os Vingadores não entram. E não estávamos a preparar a próxima aventura do Tony Stark [Homem de Ferro] ou do Capitão América. Foi realmente uma tentativa de dizer que não queríamos apenas fazer filmes de super-heróis. Queríamos fazer um grande filme espacial e funcionou de uma forma muito louca. Esta trilogia, com o James a escrever e a realizar todos os três filmes, representa algo único dentro do UCM, do qual tenho muito orgulho.”
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