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Este rapaz de olho azul é um belo exemplar da espécie nativa do Bali, na Indonésia, onde apenas pode ser encontrada na Reserva Natural de Barat.
O impacto da desflorestação e a captura ilegal para o comércio de aves colocaram em perigo de extinção os Mainá-do-bali (ou estorninho-do-Bali). E o nascimento de uma pequena cria tem um valor incalculável para o Zoo de Lisboa, já que foi a primeira reprodução e sucesso desta espécie que o jardim zoológico acolheu no início dos anos 1980.
A reprodução desta nova cria, filha de um macho da Dinamarca e de uma fêmea da Alemanha, foi planeada com minúcia de forma a que futuros pares da espécie possam ser reintroduzidos no seu habitat natural, na Indonésia, país onde moram cerca de 850 espécies diferentes de aves e onde existe uma das taxas mundiais mais elevadas de aves em perigo de extinção. Estima-se que existam menos de 50 aves destas na Natureza, uma população que nos últimos anos apenas tem sido mantida pela introdução de animais nascidos em parques zoológicos, reservas e santuários.
Por isso mesmo, a ave mainá-do-Bali é uma das protagonistas da campanha de conservação Quebra o Silêncio – Pelas Aves de Canto (a denominação internacional é Silent Forest), lançada pela EAZA – Associação Europeia de Zoos e Aquários e à qual se juntou o Zoo de Lisboa há um ano.
Só na Europa são cerca de 100 as instituições que abrigam a espécie, trabalhando em conjunto para a reprodução destes animais. Na própria Indonésia, a ONG Friends of the National Parks Foundation (FNPF) tem vindo a criar santuários para a sua preservação, enquanto desenvolve programas de reflorestação que ajudam a restaurar o seu habitat natural, bem como programas locais de sensibilização da população.
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